Mundo

Dois soldados morrem em combates durante eleições na Colômbia

Ainda assim, segundo governo, estas são as eleições mais tranquilas dos últimos 30 anos

Colombianos votam para eleger novo presidente do país (.)

Colombianos votam para eleger novo presidente do país (.)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2010 às 17h32.

Bogotá - Dois soldados e um rebelde mortos foi o saldo deixado neste domingo nos combates entre o exército e a guerrilha das Farc em várias regiões da Colômbia, durante a realização das eleições presidenciais que, segundo o governo, são as mais tranquilas dos últimos 30 anos.

Os colombianos compareciam em massa às urnas, com uma participação, segundo o Registro Nacional, avaliada entre 50% e 53%, acima do índice de 45,5% de 2006. O presidente Álvaro Uribe e sua esposa Lina Moreno foram os primeiros eleitores a depositar seu voto num colégio eleitoral de Bogotá. "O voto de consciência é pela dignidade da pátria", afirmou o chefe de Estado.

"Temos uma diminuição dos incidentes de ordem pública em 86% em relação a 2002 e em 50% em relação a 2006", disse o ministro do Interior, Fabio Valencia, ao fazer um relatório para a imprensa horas após abertura das urnas.

"Este continua se consolidando como o dia mais calmo da história das eleições no país", acrescentou.

Entre os eventos até agora, Valencia se referiu à morte de um soldado durante o ataque da guerrilha contra uma patrulha do departamento de Meta (centro-leste).

Outro soldado morreu em confrontos com grupos armados ilegais não-identificados no departamento de Bolívar (norte), disse o governador Jorge Mendoza.

O ministro também informou sobre a morte de um guerrilheiro em uma zona de fronteira entre os departamentos de Tolima e do Valle (sudoeste) e a ocorrência de confrontos nos municípios de Florida, Valle e Miranda, no departamento de Cauca.

No município de Mondomo (Cauca) "houve uma perturbação (paralisia) do serviço de transporte por alguns minutos, e um motorista foi ferido, mas já está tudo sob controle", afirmou Valencia, sem especificar quem foram os autores das ações.

O ministro disse ainda que as chuvas torrenciais que afetam algumas zonas do país obrigaram a justiça eleitoral a transferir 53 postos de votação e impossibilitaram a instalação de outros oito.

"Foram reportadas 47 denúncias de constrangimento ao eleitores (pressão) e algumas queixas sobre o envolvimento de funcionários em política (boca de urna)", acrescentou Valencia ao concluir seu relatório.

Foram previamente notificadas no município de Ituango (Antioquia) a ausência de pelo menos 100 professores intimados a serem mesários devido a ameaças da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e eles tiveram de ser substituídos por estudantes universitários.

A eleição deste domingo é marcada por uma disputa acirrada entre o governista Juan Manuel Santos e o ex-prefeito de Bogotá (1995-1997 e 2001-2003), Antanas Mockus.

Depois de oito anos de governo do direitista Alvaro Uribe, os colombianos devem decidir se dão continuidade ao "uribismo" com seu ex-ministro da Defesa (2006-2009) Santos, ou se favorecem a mudança encarnada por Mockus.

Os dois estariam tecnicamente empatados, segundo as pesquisas que preveem, no entanto, um segundo turno no dia 20 de junho, uma vez que nenhum obteria mais de 50% dos votos agora, no domingo.

Entre os nove aspirantes à presidência, só Santos e Mockus conseguiriam mais de 30% dos votos cada um; os demais, individualmente, não obteriam 6% das intenções.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mundo

Por que rei Charles III, William, Kate e realeza não vão votar nas eleições do Reino Unido

Maior youtuber do mundo enfrenta críticas após construir 100 casas na América Latina

Caso Madeleine McCann: principal suspeito não deve enfrentar julgamento pelo crime, diz advogado

“Tive uma noite ruim, estraguei tudo”, diz Biden sobre desempenho em debate

Mais na Exame