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Dois jornalistas da Reuters desaparecem na Síria

Os dois jornalistas não podem ser contatados pelo telefone desde a noite de sábado

Protestos na Síria queriam derrubar o estado de emergência, vigente desde 1962 (David Silverman/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2011 às 16h34.

Londres - Dois jornalistas da Reuters estão desaparecidos desde sábado à noite, quando deixavam a Síria para retornar ao Líbano.

A produtora de TV em Beirute Ayat Basma e o cinegrafista Ezzat Baltaji deveriam ter entrado no Líbano por uma estrada às 18h30 do sábado, onde iriam se encontrar com um táxi contratado para buscá-los na fronteira.

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O último contato deles foi às 17h22, quando Baltaji enviou um recado a um colega em Beirute dizendo: "Vamos sair agora."

Basma e Baltaji, ambos libaneses, viajaram para a Síria na tarde de quinta-feira. Protestos que começaram há 10 dias no país se tornaram o maior desafio dos 11 anos de governo do presidente Bashar al-Assad.

Os dois jornalistas não podem ser contatados pelo telefone desde a noite de sábado.

O editor-chefe da Reuters Stephen Adler declarou: "A Reuters está profundamente preocupada com os nossos dois colegas de televisão que desapareceram na Síria, no sábado. Nós entramos em contato com as autoridades competentes na Síria e pedimos sua ajuda para o retorno dos nossos colegas com segurança."

Um funcionário sírio disse à Reuters no domingo que as autoridades estão trabalhando para resolver o problema.

Um editor sênior da Reuters planeja viajar a Damasco para discutir o assunto formalmente com autoridades sírias.

Basma, que já realizou coberturas na Tunísia, Egito e Iraque está na Reuters desde fevereiro de 2007. Baltaji trabalha na empresa desde abril de 2008.

Na sexta-feira, as autoridades da Síria retiraram a permissão de trabalho do correspondente da Reuters Khaled Yacoub Oweis, dizendo que ele havia feito uma cobertura "falsa e sem profissionalismo" dos acontecimentos na Síria.

A Reuters defende sua cobertura dos eventos na Síria, onde mais de uma semana de protestos se espalharam do sul até outras partes do país.

A Reuters é parte da agência nova-iorquina Thomson Reuters, líder como provedora de informações, e emprega cerca de 3.000 jornalistas em todo o mundo.

Com reportagens em inglês, árabe e outros idiomas, a Reuters mantém escritórios em todo o Oriente Médio há mais de um século.

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