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Dizer que Ocidente está em guerra com Islã é feio, diz Obama

Obama apelou para que os países enfrentem a militância islâmica, e disse ser uma "mentira feia" as indicações de que o Ocidente está em guerra com o islã

O presidente americano, Barack Obama: "o pensamento de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira feia" (Joshua Roberts/Reuters)

O presidente americano, Barack Obama: "o pensamento de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira feia" (Joshua Roberts/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 17h52.

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um apelo nesta quinta-feira aos países para que enfrentem a militância islâmica violenta ao redor do mundo, e afirmou ser uma "mentira feia" as indicações de que o Ocidente está em guerra com o Islã.

Obama disse que há uma história complicada entre o Oriente Médio e o Ocidente, e que ninguém deve ser imune a críticas sobre políticas específicas.

"Mas o pensamento de que o Ocidente está em guerra com o Islã é uma mentira feia", disse.

"E todos nós, independentemente da nossa religião, temos a responsabilidade de rejeitar isso", acrescentou Obama durante conferência internacional em Washington sobre o combate à violência extremista.

"As comunidades muçulmanas, incluindo acadêmicos e clérigos, têm a responsabilidade de desfazer não apenas interpretações distorcidas do Islã, mas também essa mentira de que estamos de alguma forma envolvidos em um confronto de civilizações", afirmou.

Com grupos violentos, como o Estado Islâmico, o Boko Haram e o Al-Shabaab ganhando força no Oriente Médio e na África, mais de 60 países e organizações internacionais se reuniram em Washington para debater um planos para enfrentar o problema.

Críticos acusam a Casa Branca de evitar relacionar o extremismo com a religião muçulmana, especialmente após os ataques recentes de militantes islâmicos em Paris e Copenhague.

Em pronunciamento na conferência, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que vai convocar uma reunião nos próximos meses com líderes religiosos do mundo, e alertou que a violência extremista representa uma grave ameaça à paz internacional.

"Operações militares são cruciais para confrontos ameaças reais. Mas balas não são a 'bala de prata'", disse Ban. "Mísseis podem matar terroristas. Mas boa governança mata o terrorismo."

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