Distúrbios deixam carros incendiados e detidos no Chile

Santiago do Chile - Após os distúrbios registrados em diversos pontos da capital chilena nesta madrugada, nos quais um ônibus e três veículos foram destruídos, uma quantidade ainda indeterminada de pessoas foram detidas, informou a polícia local, que qualificou os incidentes como fatos "isolados".

Por volta das 7h locais (mesmo horário de Brasília), alguns grupos de manifestantes mantinham barricadas em diversos pontos de Santiago, coincidindo com as homenagens do 40º aniversário do golpe que Augusto Pinochet liderou no dia 11 de setembro de 1973 para derrubar o governo de Salvador Allende.

Segundo as autoridades locais, os distúrbios ocorreram nos arredores da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile, no município de Independência, e no Colégio Latino-americano de Integração, no município da Providência, nos quais grupos de manifestantes entraram em confrontos com os carabineiros

No entanto, as autoridades policiais asseguraram que a jornada foi tranquila e com menos distúrbios que o esperado: "Houve menos incidentes do que nós esperávamos", declarou o general dos Carabineiros Rodolfo Pacheco, que qualificou os distúrbios como fatos "isolados".

De acordo com o chefe policial, os manifestantes também se concentraram nas regiões de Huechuraba, Cerro Navia, São Bernardo, Renca, Peñalolén e Pudahuel.

Uma bomba incendiária foi deixada em um ônibus do transporte público que circulava pelo município da Providência, embora o motorista tenha conseguido conter o fogo antes que ele se propagasse por todo veículo. No entanto, três veículos particulares foram incendiados nos municípios de Peñalolén, La Fazenda e La Pintana.

O general dos Carabineiros explicou que as pessoas devem evitar transitar pelas ruas das zonas de conflito e pediu ao povo realizar suas atividades com normalidade nesta quarta-feira.

"Os Carabineiros tem mais de 8 mil funcionários desdobrados para evitar novos distúrbios e não acredito que 50 delinquentes tenham capacidade para paralisar todo país", concluiu o chefe policial.