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Dissidente das Farc que rejeitou acordo de paz para traficar cocaína é capturado no Equador

Carlos L., conhecido como ‘El Gringo', é líder do grupo armado ‘Oliver Sinisterra'; ele foi preso após três meses de investigação

Farc: combatente de dissidência da Organização no departamento de Cauca (Joaquin Sarmiento/Getty Images)

Farc: combatente de dissidência da Organização no departamento de Cauca (Joaquin Sarmiento/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 14h08.

Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 14h36.

O principal líder da dissidência colombiana das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) conhecida como ‘Oliver Sinisterra’, que rejeitou o processo de paz de 2016 para traficar cocaína, foi capturado no Equador, informou a polícia do país nesta segunda-feira.

Carlos Arturo Landázuri Cortés, conhecido como Comandante Gringo, foi capturado na província de Imbabura, no norte andino, na noite de domingo, informou o comandante geral da Polícia Nacional equatoriana, César Augusto Zapata Correa, pelo X (antigo Twitter).

"Ontem à noite em #Imbabura [norte andino], atividades de investigação e inteligência, realizadas durante três meses, conseguiram capturar Carlos L., conhecido como ‘El Gringo’, um alvo de alto valor. Líder do grupo armado Oliver Sinisterra da Colômbia e ligado a atividades terroristas em Esmeraldas", disse Zapata, seguido de uma imagem do preso.

Landázuri está entre os criminosos mais procurados da Colômbia e é acusado de envolvimento no sequestro e assassinato de uma equipe de jornalistas equatorianos em 2018. Ele substituiu o equatoriano Walther Arizala, conhecido como Guacho, que foi morto pelos militares colombianos em dezembro de 2018. Na época, as autoridades estimaram sua idade em cerca de 24 anos.

Os promotores colombianos incluem a 'Oliver Sinisterra' entre as "organizações transnacionais dedicadas ao tráfico de cocaína". De acordo com as autoridades do país, o grupo dissidente "domina" os corredores através da América Central para os Estados Unidos e a Europa no sudoeste do país.

A província equatoriana Esmeraldas faz fronteira com a Colômbia e teria sido usada por muitos dissidentes do grupo guerrilheiro, envolvidos com o narcotráfico, para entrar no Equador. Localizado entre o Peru e a Colômbia, os maiores produtores de cocaína, o pequeno país sul-americano está sofrendo um novo ataque dos traficantes de drogas. Mais de 20 gangues associadas a cartéis mexicanos e colombianos têm mantido o Equador sob controle desde o início de janeiro.

Nas últimas semanas, o país foi atingido por uma onda de violência após a fuga de Fito, líder de Los Choneros, maior facção criminosa do país, e pouco depois de Fabricio Colón Pico, um dos principais nomes da facção Los Lobos.

A região, assim como lugares em Quito e Guayaquil, foi sacudida por ataques nas ruas, fugas de detentos e a tomada de agentes penitenciários como reféns. Cerca de 20 pessoas morreram. Em um dos eventos mais emblemáticos, homens encapuzados atacaram o canal público TC Televisión, ameaçando jornalistas com armas e explosivos durante uma transmissão ao vivo.

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