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Dirigente pró-russo assegura que não houve trégua na Ucrânia

Um dos líderes das milícias pró-russas que atuam no sudeste da Ucrânia afirmou que não houve nenhuma trégua


	Militares na Ucrânia: "foram meras declarações", disse líder separatista
 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Militares na Ucrânia: "foram meras declarações", disse líder separatista (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 13h19.

Moscou - Um dos líderes das milícias pró-russas que atuam no sudeste da Ucrânia, Miroslav Rudenko, afirmou que "de fato" não houve nenhuma trégua, em declarações divulgadas nesta quarta-feira pela agência russa "Interfax".

"Foram meras declarações: de fato, os combates não cessaram, nem durante uma hora", disse Rudenko ao comentar a advertência do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, de que poderia revogar o cessar-fogo declarado até a próxima sexta-feira.

A Presidência ucraniana comunicou ontem à noite que o chefe do Estado "não exclui" a possibilidade de anular o cessar-fogo devido a seu "permanente descumprimento" pelas milícias, que segundo Kiev, são "controladas desde o exterior", em alusão à Rússia.

A nota oficial destacou o derrubamento ontem pelas milícias de um helicóptero das Forças Armadas da Ucrânia, ataque que causou a morte de seus nove ocupantes.

Por outro lado, Rudenko denunciou que durante toda a manhã de ontem, no dia seguinte da trégua ser declarada, as forças ucranianas castigaram com fogo de artilharia as cidades de Semionovka e Slaviansk, no norte da região de Donetsk.

"A canhonada foi permanente, embora com menos intensidade que antes", disse o dirigente pró-russo.

A trégua foi estipulada na cidade de Donetsk, capital da região homônima, nas primeiras conversas entre representantes do governo de Kiev e os líderes da sublevação pró-russa desde que explodiram os enfrentamentos armados, que deixaram centenas de mortos.

Anteriormente, na sexta-feira, o presidente ucraniano tinha decretado um cessar-fogo unilateral como primeiro passagem de um plano de paz, que inclui, entre outras medidas, uma anistia, o desarmamento das milícias e a criação de corredores seguros para que os combatentes estrangeiros possam abandonar o país.

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