Diretora da OMS defende controversa reforma da organização
Proposta de aumentar as doações de empresas privadas é um dos pontos polêmicos das mudanças
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2011 às 16h15.
Genebra - A diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, defendeu vigorosamente, esta segunda-feira, a reforma estrutural e financeira da OMS, que considerou "indispensável" diante dos novos desafios da saúde mundial e da redução das contribuições.
Dirigindo-se a 60 ministros e cerca de 1.800 delegados reunidos no primeiro dia da 64ª Assembleia Geral da organização, Chan reconheceu que os sistemas de saúde mundiais enfrentam atualmente "uma grande complexidade e mudanças permanentes".
A própria OMS viu mudar seu papel "de forma espetacular nestes últimos dez anos", acrescentou.
Sua missão não se limita mais a questões de "germes, higiene, medicamentos" ou de "abastecimento de água potável e saneamento", destacou.
Por este motivo, "uma reforma é indispensável", insistiu a encarregada, ao mesmo tempo em que pediu que sejam realizadas "as maiores reformas na administração, gestão e finanças" da história da OMS, fundada há 63 anos.
A crise econômica mundial abriu "uma nova e esgotadora era de austeridade econômica", afirmou Chan, cuja organização deve fazer frente a um déficit de 300 milhões de dólares este ano.
Assim, a OMS precisou revisar para baixo um "orçamento de 4,8 bilhões de dólares (3,4 bilhões de euros) previsto" inicialmente para 2012-2013, para 3,95 bilhões de dólares.
No momento em que a organização considera que não pode se manter sem novas doações, inclusive por parte de industriais, a questão de suas relações com o setor privado será alvo de intensos debates esta semana.
Alguns Estados-membros e ONGs afirmam temer que a reforma abra a porta a conflitos de interesses, em particular com as empresas farmacêuticas.
Genebra - A diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, defendeu vigorosamente, esta segunda-feira, a reforma estrutural e financeira da OMS, que considerou "indispensável" diante dos novos desafios da saúde mundial e da redução das contribuições.
Dirigindo-se a 60 ministros e cerca de 1.800 delegados reunidos no primeiro dia da 64ª Assembleia Geral da organização, Chan reconheceu que os sistemas de saúde mundiais enfrentam atualmente "uma grande complexidade e mudanças permanentes".
A própria OMS viu mudar seu papel "de forma espetacular nestes últimos dez anos", acrescentou.
Sua missão não se limita mais a questões de "germes, higiene, medicamentos" ou de "abastecimento de água potável e saneamento", destacou.
Por este motivo, "uma reforma é indispensável", insistiu a encarregada, ao mesmo tempo em que pediu que sejam realizadas "as maiores reformas na administração, gestão e finanças" da história da OMS, fundada há 63 anos.
A crise econômica mundial abriu "uma nova e esgotadora era de austeridade econômica", afirmou Chan, cuja organização deve fazer frente a um déficit de 300 milhões de dólares este ano.
Assim, a OMS precisou revisar para baixo um "orçamento de 4,8 bilhões de dólares (3,4 bilhões de euros) previsto" inicialmente para 2012-2013, para 3,95 bilhões de dólares.
No momento em que a organização considera que não pode se manter sem novas doações, inclusive por parte de industriais, a questão de suas relações com o setor privado será alvo de intensos debates esta semana.
Alguns Estados-membros e ONGs afirmam temer que a reforma abra a porta a conflitos de interesses, em particular com as empresas farmacêuticas.