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Diretor e sub da NSA devem deixar o cargo em breve

General Keith Alexander formalizou seus planos de sair até março ou abril, e seu adjunto civil, John Chris Inglis, deve se aposentar

Diretor da NSA, general Keith Alexander, fala sobre o programa de espionagem em uma comissão de Justiça do Senado, em Washington (Jason Reed/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 20h30.

Washington - O diretor da Agência de Segurança Nacional dos EUA e seu adjunto devem deixar seus cargos nos próximos meses, disseram autoridades norte-americanas na quarta-feira, o que pode representar para o presidente Barack Obama uma chance de reformular a agência de espionagem .

O general Keith Alexander, no cargo há oito anos, formalizou seus planos de sair até março ou abril, e seu adjunto civil, John Chris Inglis, deve se aposentar até o final do ano, segundo fontes oficiais que solicitaram anonimato.

A NSA , sigla pela qual a agência é conhecida, esteve no centro das explosivas revelações sobre a vasta atividade de espionagem da comunicação privada de cidadãos nos EUA e no mundo, contidas em documentos vazados à imprensa pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden.

A agência teria monitorado a comunicação da presidente Dilma Rousseff, de cidadãos e empresas brasileiras, como a Petrobras, segundo denúncias feitas pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Um forte candidato a substituir Alexander é o vice-almirante Michael Rogers, atual comandante da 10ª Frota da Marinha e da Frota do Comando Cibernético, disseram as fontes à Reuters. Por coincidência, a sede desses dois Comandos fica em Fort Meade, Maryland, onde também funciona a sede da NSA.

As fontes ressalvaram que o nome de Rogers ainda não está decidido, e que outros candidatos podem ser considerados.

Uma porta-voz da NSA disse que não comentaria o assunto.

Alexander dirige a NSA desde 2005, sendo o mais longevo chefe da agência desde sua criação. Ele também atua como comandante de uma unidade militar correlata, o Comando Cibernético dos EUA.

Desde as revelações feitas por Snowden, em junho, Alexander tem defendido as atividades da NSA, descrevendo-as como legais e necessárias para impedir ataques terroristas. Ele havia dito anteriormente que pretendia deixar o cargo na próxima primavera boreal.

Inglis, que começou sua carreira na NSA como cientista de segurança da informática, é o diretor-adjunto desde 2006.

Embora os dois estejam saindo voluntariamente, a dupla vacância permitirá a Obama instalar uma nova cúpula para fazer frente às revelações de Snowden, e decidir se a NSA e o Comando Cibernético devem ter chefes distintos.

O Comando Cibernético, que cresceu significativamente nos últimos anos, tem a autoridade para realizar operações defensivas e ofensivas no ciberespaço. Muitos veteranos da NSA argumentam que ter a mesma pessoa à frente da agência de espionagem e do Comando Cibernético reduz a ênfase no trabalho da NSA e nas suas capacidades únicas.

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Washington - O diretor da Agência de Segurança Nacional dos EUA e seu adjunto devem deixar seus cargos nos próximos meses, disseram autoridades norte-americanas na quarta-feira, o que pode representar para o presidente Barack Obama uma chance de reformular a agência de espionagem .

O general Keith Alexander, no cargo há oito anos, formalizou seus planos de sair até março ou abril, e seu adjunto civil, John Chris Inglis, deve se aposentar até o final do ano, segundo fontes oficiais que solicitaram anonimato.

A NSA , sigla pela qual a agência é conhecida, esteve no centro das explosivas revelações sobre a vasta atividade de espionagem da comunicação privada de cidadãos nos EUA e no mundo, contidas em documentos vazados à imprensa pelo ex-técnico de inteligência Edward Snowden.

A agência teria monitorado a comunicação da presidente Dilma Rousseff, de cidadãos e empresas brasileiras, como a Petrobras, segundo denúncias feitas pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Um forte candidato a substituir Alexander é o vice-almirante Michael Rogers, atual comandante da 10ª Frota da Marinha e da Frota do Comando Cibernético, disseram as fontes à Reuters. Por coincidência, a sede desses dois Comandos fica em Fort Meade, Maryland, onde também funciona a sede da NSA.

As fontes ressalvaram que o nome de Rogers ainda não está decidido, e que outros candidatos podem ser considerados.

Uma porta-voz da NSA disse que não comentaria o assunto.

Alexander dirige a NSA desde 2005, sendo o mais longevo chefe da agência desde sua criação. Ele também atua como comandante de uma unidade militar correlata, o Comando Cibernético dos EUA.

Desde as revelações feitas por Snowden, em junho, Alexander tem defendido as atividades da NSA, descrevendo-as como legais e necessárias para impedir ataques terroristas. Ele havia dito anteriormente que pretendia deixar o cargo na próxima primavera boreal.

Inglis, que começou sua carreira na NSA como cientista de segurança da informática, é o diretor-adjunto desde 2006.

Embora os dois estejam saindo voluntariamente, a dupla vacância permitirá a Obama instalar uma nova cúpula para fazer frente às revelações de Snowden, e decidir se a NSA e o Comando Cibernético devem ter chefes distintos.

O Comando Cibernético, que cresceu significativamente nos últimos anos, tem a autoridade para realizar operações defensivas e ofensivas no ciberespaço. Muitos veteranos da NSA argumentam que ter a mesma pessoa à frente da agência de espionagem e do Comando Cibernético reduz a ênfase no trabalho da NSA e nas suas capacidades únicas.

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