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Diretor de jornal renuncia para não publicar editorial

Depois da greve e de protestos pró-liberdade de expressão, o PCCh enviou uma carta aos diretores de veículos de todo o país para exigir a publicação do editorial oficial

Manifestantes seguram cartazes próximos de policiais durante protesto na sede do periódico "Southern Weekly" (James Pomfret/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 07h28.

Pequim - O diretor do diário "The Beijing News", de Pequim , renunciou na noite desta terça-feira após negar-se a publicar um editorial oficial que respalda o controle do Governo chinês sobre os meios de comunicação, segundo apontaram vários jornalistas do rotativo nas redes sociais.

Depois da greve e de protestos pró-liberdade de expressão protagonizados pelo periódico "Southern Weekly", do Cantão, o Departamento de Propaganda do PCCh enviou na terça-feira uma carta aos diretores de veículos de todo o país para exigir a publicação do editorial, elaborado pelo periódico "Global Times", vinculado ao partido.

No caso do "The Beijing News", propriedade do Grupo Nanfang, que também publica o "Southern Weekly", o diretor do periódico, Dai Zigeng, rejeitou a ordem de imprimir o artigo que justifica a censura e, ao ser forçado pelas autoridades, decidiu apresentar sua demissão.

Segundo informaram vários jornalistas através de suas contas no Twitter, as autoridades locais pretendiam deixar de lado a "insubordinação" do periódico, mas o novo chefe de Propaganda do PCCh, Liu Qibao, "interveio diretamente" e obrigou o rotativo a seguir a linha do partido.


Como pôde comprovar a Agência Efe, a edição de hoje do diário inclui o citado editorial, embora muito mais curto que o original e fora das páginas de opinião.

Outros periódicos que não publicaram o polêmico editorial em suas edições de hoje "estão sendo pressionados" para fazê-lo ao longo do dia em suas versões digitais ou na edição de amanhã, segundo indicou o "South China Morning Post".

O polêmico editorial aponta que o gigante asiático "não tem a infraestrutura social necessária para apoiar a imprensa livre".

"A reforma dos meios de comunicação é somente uma parte das grandes reformas, mas nunca se transformará em uma área especial da política chinesa", destaca o artigo.

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Depois da greve e de protestos pró-liberdade de expressão protagonizados pelo periódico "Southern Weekly", do Cantão, o Departamento de Propaganda do PCCh enviou na terça-feira uma carta aos diretores de veículos de todo o país para exigir a publicação do editorial, elaborado pelo periódico "Global Times", vinculado ao partido.

No caso do "The Beijing News", propriedade do Grupo Nanfang, que também publica o "Southern Weekly", o diretor do periódico, Dai Zigeng, rejeitou a ordem de imprimir o artigo que justifica a censura e, ao ser forçado pelas autoridades, decidiu apresentar sua demissão.

Segundo informaram vários jornalistas através de suas contas no Twitter, as autoridades locais pretendiam deixar de lado a "insubordinação" do periódico, mas o novo chefe de Propaganda do PCCh, Liu Qibao, "interveio diretamente" e obrigou o rotativo a seguir a linha do partido.


Como pôde comprovar a Agência Efe, a edição de hoje do diário inclui o citado editorial, embora muito mais curto que o original e fora das páginas de opinião.

Outros periódicos que não publicaram o polêmico editorial em suas edições de hoje "estão sendo pressionados" para fazê-lo ao longo do dia em suas versões digitais ou na edição de amanhã, segundo indicou o "South China Morning Post".

O polêmico editorial aponta que o gigante asiático "não tem a infraestrutura social necessária para apoiar a imprensa livre".

"A reforma dos meios de comunicação é somente uma parte das grandes reformas, mas nunca se transformará em uma área especial da política chinesa", destaca o artigo.

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