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Direita deve vencer na Itália, mas sem maioria para governar

A coalizão de centro-direita, formada entre outros pelo conservador Forza Itália, de Silvio Berlusconi, e pelo xenófobo Liga Norte, sairá vencedora

 Silvio Berlusconi (Alessandro Bianchi/Reuters)

Silvio Berlusconi (Alessandro Bianchi/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 12h56.

Roma - A coalizão de centro-direita, formada entre outros pelo conservador Forza Itália, de Silvio Berlusconi, e pelo xenófobo Liga Norte, vencerá as eleições gerais do próximo dia 4 de março na Itália, mas sem maioria suficiente para governar, segundo as últimas pesquisas publicadas nesta sexta-feira.

Hoje é o último dia no qual se pode divulgar previsões sobre intenções de voto e todos os jornais estampam em suas capas as suas estimativas.

Todas as pesquisas indicam que a coalizão de centro-direita obterá cerca de 36% dos votos, enquanto o antissistema Movimento Cinco Estrelas (M5S) será o partido mais votado individualmente, com apoios que variam entre 27% e 29%.

Por sua vez, o governamental Partido Democrata (PD), de Matteo Renzi, conseguiria cerca de 23% dos votos, segundo as pesquisas.

De acordo com estes dados, nenhuma legenda chegaria ao patamar de 40% necessário para governar, razão pela qual será necessário pactuar alianças.

Para o jornal italiano "Corriere della Sera", a coalizão de centro-direita ficará em primeiro, "mas não alcançará os números" e só será possível formar um Executivo na Itália depois de "longuíssimas negociações".

A pesquisa realizada para o jornal pela empresa especializada em pesquisa de mercado Ipsos aponta que a centro-direita somará 35% dos apoios, enquanto o M5S obterá 28,6% e o PD, 22,6%.

Bem distantes aparecem outros partidos da esquerda, como Liberi e Uguali (Livres e Iguais), formado por antigos membros escindidos do PD, que atingira 6,1% dos votos.

Frente a estes resultados, o "Corriere della Sera" se atreve a vislumbrar um "risco de ingovernabilidade" se os partidos não chegarem aos acordos que com toda probabilidade serão necessários, embora reconheça que ainda há 34% de eleitores indecisos que poderiam mudar as estimativas.

Números similares aparecem na pesquisa do instituto Demos para o jornal "La Reppublica", que outorga 35% dos votos à coalizão de centro-direita, 27,8% ao M5S e 21,9% ao PD, enquato a do Instituto Piepoli para o "La Stampa" mostra esses partidos com 37%, 27% e 24,5% das intenções de voto, respectivamente.

Das pesquisas realizadas por todos os jornais se desprende também que o atual primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, goza de uma grande simpatia entre a maioria do eleitorado e é o político melhor avaliado, seguido pela ex-ministra de Relações Exteriores, Emma Bonino.

Outra das conclusões é que, ainda que a centro-direita parta como favorita nas regiões do norte do país, a batalha será intensa no sul, onde com grande probabilidade o duelo será disputado entre esta coalizão e o M5S.

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