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Dilma vai à posse de Humala e reunião da Unasul

Encontro da União das Nações Sul-Americanas foi marcado para discutir a necessidade de integração da região

Presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o prefeito de Urubamba (Machu Picchu) ao chegar no Hotel Swissôtel (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2011 às 08h55.

Lima - A presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem, em Lima, para participar da cerimônia de posse do novo presidente do Peru, Ollanta Humala. Além disso, Dilma participará, nesta tarde, da reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O encontro foi marcado para discutir a necessidade de integração da região, diante dos problemas econômicos enfrentados por Estados Unidos e países da União Europeia.

Dilma permanecerá menos de 24 horas no país. Depois de participar das duas solenidades de posse e transmissão do cargo, no Congresso e no Palácio de Governo, Dilma comparecerá ao almoço com os 14 presidentes que confirmaram presença no evento e da reunião da Unasul, quando o Peru vai reiterar a sua disposição de defender a integração do continente.

Crise

O assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia, citou a importância da reunião da Unasul no momento em que os Estados Unidos e a Europa estão enfrentando graves problemas econômicos. Ele disse que, por isso mesmo, é preciso fortalecer a integração da região. "Não se pode omitir os fatos de que uma crise nos países centrais vai ter consequências sobre nós. Portanto, a unidade da região é fundamental", disse ele, ao chegar ao hotel onde a comitiva está hospedada.

Ele disse que problemas econômicos nos Estados Unidos e na Europa certamente estarão no cenário da reunião da Unasul. "Se tivermos um movimento de recessão muito forte, aqueles países que estão mais centrados nas exportações, e o Peru é um deles, vão se ver comprometidos e vão ter de fazer uma reorientação", observou.

Segundo Marco Aurélio, estes movimentos reforçam a aposta brasileira do governo da importância do mercado sul-americano. "Aqueles que pensavam que a grande solução era aliança com países desenvolvidos em termos comerciais estão se dando conta, aos poucos, que talvez o nosso futuro esteja aqui ou em outros países emergentes como a China ou a Índia", disse. "O continente tem de estar preocupado com a situação mundial porque estamos assistindo modelos econômicos derretendo e com riscos muito grandes para os países que estão se saindo bem no momento atual, a despeito de tudo isso", disse Marco Aurélio, referindo-se ao Brasil. Ele afirmou ainda que não haverá discussão de questões aduaneiras na reunião da Unasul.


Bolsa-Família

Segundo o assessor, a presença da presidente Dilma na posse é importante porque Humala elegeu-se com um programa muito sintonizado com as mudanças que estão ocorrendo na América do Sul e no Brasil em particular. "Nós temos de associar crescimento com distribuição de renda. Não basta só crescer e a população ficar aos Deus dará", disse Marco Aurélio, que se referia à intenção dos peruanos de reforçarem o seu programa de apoio às populações carentes do país.

Hoje, 481 mil famílias peruanas recebem o "Bolsa-Família" local, que se chama Juntos. Mas o programa tem graves problemas de irregularidades com duplo cadastramento de pessoas atendidas. O Peru quer ajuda do Brasil para importar o modelo de cadastro único de benefício e quer encontrar uma porta de saída para as famílias atendidas. Hoje, 34% da população do país, que é de 30 milhões de habitantes, vive em situação de pobreza extrema.

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Lima - A presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem, em Lima, para participar da cerimônia de posse do novo presidente do Peru, Ollanta Humala. Além disso, Dilma participará, nesta tarde, da reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). O encontro foi marcado para discutir a necessidade de integração da região, diante dos problemas econômicos enfrentados por Estados Unidos e países da União Europeia.

Dilma permanecerá menos de 24 horas no país. Depois de participar das duas solenidades de posse e transmissão do cargo, no Congresso e no Palácio de Governo, Dilma comparecerá ao almoço com os 14 presidentes que confirmaram presença no evento e da reunião da Unasul, quando o Peru vai reiterar a sua disposição de defender a integração do continente.

Crise

O assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia, citou a importância da reunião da Unasul no momento em que os Estados Unidos e a Europa estão enfrentando graves problemas econômicos. Ele disse que, por isso mesmo, é preciso fortalecer a integração da região. "Não se pode omitir os fatos de que uma crise nos países centrais vai ter consequências sobre nós. Portanto, a unidade da região é fundamental", disse ele, ao chegar ao hotel onde a comitiva está hospedada.

Ele disse que problemas econômicos nos Estados Unidos e na Europa certamente estarão no cenário da reunião da Unasul. "Se tivermos um movimento de recessão muito forte, aqueles países que estão mais centrados nas exportações, e o Peru é um deles, vão se ver comprometidos e vão ter de fazer uma reorientação", observou.

Segundo Marco Aurélio, estes movimentos reforçam a aposta brasileira do governo da importância do mercado sul-americano. "Aqueles que pensavam que a grande solução era aliança com países desenvolvidos em termos comerciais estão se dando conta, aos poucos, que talvez o nosso futuro esteja aqui ou em outros países emergentes como a China ou a Índia", disse. "O continente tem de estar preocupado com a situação mundial porque estamos assistindo modelos econômicos derretendo e com riscos muito grandes para os países que estão se saindo bem no momento atual, a despeito de tudo isso", disse Marco Aurélio, referindo-se ao Brasil. Ele afirmou ainda que não haverá discussão de questões aduaneiras na reunião da Unasul.


Bolsa-Família

Segundo o assessor, a presença da presidente Dilma na posse é importante porque Humala elegeu-se com um programa muito sintonizado com as mudanças que estão ocorrendo na América do Sul e no Brasil em particular. "Nós temos de associar crescimento com distribuição de renda. Não basta só crescer e a população ficar aos Deus dará", disse Marco Aurélio, que se referia à intenção dos peruanos de reforçarem o seu programa de apoio às populações carentes do país.

Hoje, 481 mil famílias peruanas recebem o "Bolsa-Família" local, que se chama Juntos. Mas o programa tem graves problemas de irregularidades com duplo cadastramento de pessoas atendidas. O Peru quer ajuda do Brasil para importar o modelo de cadastro único de benefício e quer encontrar uma porta de saída para as famílias atendidas. Hoje, 34% da população do país, que é de 30 milhões de habitantes, vive em situação de pobreza extrema.

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