Dilma usa PAC e Brasil Sem Miséria para abafar crise
Presidente quer aproveitar anúncios para criar uma agenda política positiva para seu governo
Da Redação
Publicado em 19 de julho de 2011 às 10h10.
São Paulo - Na tentativa de mostrar que o governo não está paralisado pela crise envolvendo o Ministério dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff encomendou à equipe um pacote de anúncios para criar agenda positiva. Dilma vai lançar versões regionais do plano batizado como Brasil Sem Miséria, em viagens pelo Nordeste, e também pediu à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que apresse um novo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Depois da revelação de que o Ministério dos Transportes superfaturava obras em rodovias federais, previstas no PAC, Dilma exigiu outra prestação de contas do programa, que deve ocorrer até o início de agosto. As denúncias de que o esquema de fraudes nos Transportes abastecia o caixa do PR derrubaram o ministro Alfredo Nascimento e mais seis secretários e diretores da pasta e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
As demissões, porém, estão longe de acabar. Em conversada reservada com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Dilma disse a ele, ontem, que novos nomes do setor devem ser anunciados no máximo até a semana que vem.
A ideia da presidente é aproveitar agora o recesso parlamentar para bater na tecla de que a crise é "página virada" e que ela está preocupada com a gestão do governo. Cinco reuniões sobre investimentos do PAC estão marcadas para esta semana. Na tarde de ontem, Dilma se encontrou com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e tratou dos investimentos em recursos hídricos e irrigação. Hoje, o foco serão as ferrovias.
Levantamentos de opinião pública em poder do governo indicam que Dilma passou a imagem de "firmeza" ao demitir rapidamente acusados de corrupção nos transportes. Em conversas com auxiliares, no entanto, ela disse que faz questão de mostrar que o PAC não foi "contaminado" por superfaturamentos de obras.
Orientada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma vai pôr o pé na estrada para bater o bumbo sobre o plano de erradicação da pobreza. Ela também concederá mais entrevistas a rádios e emissoras de TV do interior. No diagnóstico de Lula e da presidente, a mídia regional pode ter mais influência sobre a população carente do que os grandes veículos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Na tentativa de mostrar que o governo não está paralisado pela crise envolvendo o Ministério dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff encomendou à equipe um pacote de anúncios para criar agenda positiva. Dilma vai lançar versões regionais do plano batizado como Brasil Sem Miséria, em viagens pelo Nordeste, e também pediu à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que apresse um novo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Depois da revelação de que o Ministério dos Transportes superfaturava obras em rodovias federais, previstas no PAC, Dilma exigiu outra prestação de contas do programa, que deve ocorrer até o início de agosto. As denúncias de que o esquema de fraudes nos Transportes abastecia o caixa do PR derrubaram o ministro Alfredo Nascimento e mais seis secretários e diretores da pasta e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
As demissões, porém, estão longe de acabar. Em conversada reservada com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Dilma disse a ele, ontem, que novos nomes do setor devem ser anunciados no máximo até a semana que vem.
A ideia da presidente é aproveitar agora o recesso parlamentar para bater na tecla de que a crise é "página virada" e que ela está preocupada com a gestão do governo. Cinco reuniões sobre investimentos do PAC estão marcadas para esta semana. Na tarde de ontem, Dilma se encontrou com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e tratou dos investimentos em recursos hídricos e irrigação. Hoje, o foco serão as ferrovias.
Levantamentos de opinião pública em poder do governo indicam que Dilma passou a imagem de "firmeza" ao demitir rapidamente acusados de corrupção nos transportes. Em conversas com auxiliares, no entanto, ela disse que faz questão de mostrar que o PAC não foi "contaminado" por superfaturamentos de obras.
Orientada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma vai pôr o pé na estrada para bater o bumbo sobre o plano de erradicação da pobreza. Ela também concederá mais entrevistas a rádios e emissoras de TV do interior. No diagnóstico de Lula e da presidente, a mídia regional pode ter mais influência sobre a população carente do que os grandes veículos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.