Dilma Rousseff: a cúpula, denominada "4+1+1", será realizará após o encontro dos Brics (China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2014 às 14h31.
Pequim - A presidente Dilma Rousseff receberá os presidentes da China, Xi Jinping, e do quarteto da Comunidade de Estados Latino-americanos (CELAC) em uma cúpula que será realizada julho em Brasília, anunciaram representantes do organismo nesta sexta-feira em Pequim.
A cúpula, denominada "4+1+1", será realizará após o encontro dos Brics (China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), que também será realizado em julho em Fortaleza, informou a vice-ministra das Relações Exteriores da Costa Rica, Gioconda Ubeda, em entrevista coletiva.
Na chamada "4+1+1" será lançada oficialmente o Fórum de Chanceleres entre a China e os 33 países-membros da Cepal (exceto EUA e Canadá), que será realizada no último trimestre de 2014 em Pequim, destacou hoje Ubeda na capital chinesa.
A principio estão convidados para cúpula de Brasília tanto o presidente de Cuba, Raúl Castro, como o de Equador, Rafael Correa, da mesma forma que o chefe de Estado costarriquenho que sair como vencedor do segundo turno das eleições no próximo domingo (e que tomará posse de seu cargo no dia 8 de maio).
O Quarteto da CELAC está formado pelo país que ostenta a presidência temporária do organismo - Costa Rica, na atualidade - mais o do ano prévio (Cuba), o do posterior (Equador) e o máximo representante da Comunidade do Caribe (São Vicente e Granadinas, que será sucedido por Antígua e Barbuda após a metade do ano).
Essa citada troca evitará problemas diplomáticos na reunião de Brasília, já que a China tem relações bilaterais com Antígua e Barbuda, mas não com São Vicente e Granadinas, que mantém laços diplomáticos com Taiwan.
Tanto a cúpula de Brasília como o Fórum de Chanceleres de outono foram temas das reuniões que uma delegação da CELAC, liderada pelo ministro das Relações Exteriores da Costa Rica, Enrique Castillo, manteve hoje em Pequim com o chanceler chinês, Wang Yi, e com o vice-presidente Li Yuanchao.
Na ocasião, Castillo era acompanhado pelo vice-chanceler cubano, Abelardo Moreno, e o equatoriano, Leonardo Arízaga (ex-embaixador do país na China), enquanto a representação caribenha, pelos problemas diplomáticos mencionados, não pôde estar presente, e o "quarteto" foi novamente uma "troika", como em exercícios anteriores.