Mundo

Dilma pretende ampliar política internacional de Lula

Brasília - A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, definiu hoje como "muito virtuosas, sob qualquer aspecto" as negociações do Brasil com o Irã, que resultaram em acordo nuclear. Dilma condenou os que criticaram o acordo e disse que manterá e até ampliará a política internacional levada a cabo pelo presidente Luiz […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, definiu hoje como "muito virtuosas, sob qualquer aspecto" as negociações do Brasil com o Irã, que resultaram em acordo nuclear. Dilma condenou os que criticaram o acordo e disse que manterá e até ampliará a política internacional levada a cabo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso seja eleita.

"O Brasil não demonstrou ingenuidade no Irã, como querem alguns", insistiu a petista, em entrevista após sabatina na Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Optamos por uma estratégia de paz e de diálogo, em que é possível construir o acordo, não o desacordo; criar pontes, e não levantar muros".

Na avaliação da ex-ministra da Casa Civil, "não há efetividade" no pacote de sanções contra o Irã que as grandes potências querem ver aprovado pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "A política de sanções prejudica o povo, mas nunca vi impedir governos de agirem desta ou daquela maneira", argumentou ela.

Mercosul

Para Dilma, a política internacional praticada pelo governo Lula é "extremamente meritória". Em nova estocada dirigida ao pré-candidato do PSDB, José Serra - para quem o Mercosul é "uma farsa" e "um obstáculo para que o Brasil faça seus próprios acordos individuais em comércio" -, a pré-candidata do PT afirmou que o Brasil "fez o movimento correto" ao se aproximar dos vizinhos da América Latina. Elogiou, ainda, as parcerias com a África e a Ásia.

"O Mercosul é mercado regional, não é área de livre comércio", disse Dilma, ao ser questionada sobre suas propostas para o bloco. "O outro candidato defende que seja zona de livre comércio, é?", perguntou ela ao repórter, como se não soubesse das críticas de Serra.

Antes de encerrar a entrevista, Dilma voltou à carga contra o tucano e disse que o Brasil acredita nas relações multilaterais. "Não vemos nenhum benefício naqueles que adotaram áreas de livre comércio, como a Alca", comentou, numa referência à Área de Livre Comércio das Américas. "Ao contrário: se alguém quer se afastar da desindustrialização, é bom que se afaste desse tipo de política."

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDilma RousseffIrã - PaísLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal