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Dilma levanta possibilidade de segundo mandato

Presidente parece repetir uma marca de seu antecessor, o ex-presidente Lula

As entrevistas a rádios nas viagens de Dilma são uma tática da Secretaria de Imprensa do Planalto criada no mandato anterior (Antonio Cruz/ABr)

As entrevistas a rádios nas viagens de Dilma são uma tática da Secretaria de Imprensa do Planalto criada no mandato anterior (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2011 às 10h05.

São Paulo - Com seis meses e cinco dias de governo, a presidente Dilma Rousseff levantou ontem pela primeira vez a possibilidade de disputar a reeleição em 2014. O comentário foi feito em entrevista a duas rádios de Porto Velho (RO), onde Dilma esteve para visitar obras da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira.

Um dos jornalistas perguntou se poderia “sonhar” com a construção da ferrovia ligando a capital de Rondônia à cidade de Vilhena ainda durante o governo Dilma. A presidente respondeu: “Você pode sonhar. Agora, eu não vou ser, assim, demagógica de te dizer que sai amanhã. Não sai, não”. Antes de completar a resposta, o jornalista interveio - “Segundo mandato...” - e Dilma completou: “Estamos fazendo Uruaçu... Se tiver segundo mandato. Nós estamos fazendo Uruaçu-Lucas do Rio Verde.”

A receita de antecipar o jogo eleitoral foi uma marca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora diga em entrevistas que não quer disputar a Presidência em 2014, Lula e aliados próximos nunca deixaram de dar demonstrações da vontade de um terceiro mandato. A discrição de Dilma até aqui é vista como “respeito” ao antecessor.

As entrevistas a rádios nas viagens presidenciais são uma tática da Secretaria de Imprensa do Planalto criada no segundo mandato de Lula. O então presidente dizia que as rádios não podiam “interpretar” suas palavras, ao contrário do que fariam jornais, revistas e TVs. Há um entendimento no governo de que esses radialistas não colocam “cascas de banana”. Mas foi em rádios do interior que Lula acabou obrigado a explicar alianças e medidas polêmicas e, muitas vezes, caiu em contradição e foi contestado pelos entrevistadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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