Dilma fala pela primeira vez em mexer na Previdência
São Paulo - A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, falou pela primeira vez na necessidade de mexer na faixa etária para aposentadoria dos brasileiros. Ao destacar a vantagem do que chama de "bônus demográfico do Brasil" sobre outros países desenvolvidos, ou seja, uma população ativa maior do que a parcela de dependentes, Dilma […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, falou pela primeira vez na necessidade de mexer na faixa etária para aposentadoria dos brasileiros. Ao destacar a vantagem do que chama de "bônus demográfico do Brasil" sobre outros países desenvolvidos, ou seja, uma população ativa maior do que a parcela de dependentes, Dilma afirmou: "A terceira idade está ficando difícil (...) A gente vai ter de estender ela um pouco mais para lá."
Depois, questionada sobre detalhes do que mudaria de fato na Previdência, a pré-candidata disse ter feito apenas "uma brincadeira". "Eu sempre acho que (o governo) vai ter de olhar a questão etária do País e tomar providências, é claro. Mas fiz uma brincadeira comigo mesma, porque eu não tenho vergonha de dizer: tenho 62 anos. Nasci no final de 1947 e vou fazer 63 em dezembro. Não tratei desse assunto", disse aos jornalistas.
Serra, por sua vez, criticou pontos da política econômica do governo federal, defendeu um "outro tipo de combinação" na relação entre câmbio e juros e destacou o crescimento da economia durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O tucano disse que, para haver crescimento sustentável em três décadas, é preciso "ter outro tipo de combinação a médio e longo prazo" na relação juros e câmbio. Questionado depois sobre como essa "combinação" se daria, Serra não foi além.
As declarações dos dois pré-candidatos foram feitas para uma plateia de empresários durante o encontro Brasil, a Construção da 5.ª Maior Economia do Mundo, promovido pela revista Exame, e em entrevistas após o evento, realizado em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.