Díaz-Canel apoia Maduro e repudia "tentativas" dos EUA de controlar região
Em visita a Caracas, presidente de Cuba disse que Venezuela precisa de apoio na resistência contra "criminosa guerra política, diplomática e financeira"
EFE
Publicado em 30 de maio de 2018 às 16h35.
Caracas - O presidente de Cuba , Miguel Díaz-Canel, que está em visita oficial na Venezuela, expressou nesta quarta-feira seu firme apoio ao presidente reeleito da Venezuela , Nicolás Maduro, e repudiou as "tentativas" dos Estados Unidos de "intervir" na América Latina.
O governante cubano discursou na sessão especial da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), formada por chavistas e convocada em sua homenagem, para expressar ali que o apoio de Cuba à Venezuela "é para sempre e é invariável".
Díaz-Canel, que falou aos constituintes e a alguns membros do gabinete de Maduro, pediu que se repudie "com firmeza as tentativas do governo americano de ressuscitar a velha doutrina Monroe que pretende retornar a região à época da intervenção".
"A Venezuela necessita do apoio dos povos da nossa América na sua resistência contra a criminosa guerra política, diplomática e financeira da qual está sendo vítima", acrescentou.
O líder cubano afirmou que a vitória de Maduro nas urnas no domingo passado é um triunfo que ele e a ilha caribenha comemoram como próprio, apesar da baixíssima participação e de ser amplamente questionada por opositores.
O presidente chavista foi o primeiro governante a visitar Díaz-Canel em Havana, depois da sua posse, ratificando assim o apoio do país sul-americano à ilha.
Por sua vez, Díaz-Canel, que agradeceu hoje aquela visita do venezuelano, se transformou no primeiro chefe de Estado a visitar Maduro após a vitória nas eleições, questionada também por vários governos da região.
"Uma vitória dos senhores é uma vitória de toda nossa América (...). Ao imperialismo não se deve ceder nem um pouquinho, como dizia Che (Guevara)", finalizou.
Até o momento, Díaz-Canel participou de vários atos de Estado na companhia do chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, e do vice-presidente, Tareck el Aissami, e a expectativa é que encontre Maduro no Palácio de Miraflores.