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Dia mortal para jornalistas afegãos, com 10 mortos em dois ataques

Ao todo, 26 pessoas morreram nas duas explosões de Cabul, que foram reivindicadas pelo Estado Islâmico

Atentados no Afeganistão deixam pelo menos 37 mortos, dentre eles oito jornalistas e um fotógrafo (Omar Sobhani/Reuters)

Atentados no Afeganistão deixam pelo menos 37 mortos, dentre eles oito jornalistas e um fotógrafo (Omar Sobhani/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2018 às 14h10.

Cabul - Dez jornalistas foram mortos no Afeganistão nesta segunda-feira, incluindo nove repórteres e fotógrafos que morreram em um atentado suicida com bombas na capital Cabul e um jornalista que trabalhava para o serviço em língua afegã da BBC que foi morto a tiros na cidade de Khost.

Foi o dia mais mortal para a mídia do país desde que uma campanha liderada pelos Estados Unidos derrubou o regime islâmico Taliban em 2001.

Em Cabul, jornalistas cobrindo uma explosão de bomba durante a hora do rush da manhã estavam em um grupo perto do local da explosão quando um homem-bomba se explodiu, matando sete pessoas e ferindo várias, duas das quais morreram mais tarde.

O suicida parece ter tido deliberadamente como alvo os jornalistas, apresentando um cartão de imprensa para a polícia antes de se juntar ao grupo que estava perto do local da explosão, disse o porta-voz do Ministério do Interior Najib Danesh.

Ao todo, 26 pessoas morreram nas duas explosões de Cabul, que foram reivindicadas pelo Estado Islâmico.

Entre os mortos estavam Shah Marai, veterano e chefe de fotografia da agência France-Presse no Afeganistão, que trabalhava para a agência há 22 anos. Também foi morto Maharam Durani, uma jovem produtora que havia se juntado à Radio Azadi, uma estação local, apenas uma semana antes.

O fotógrafo da Reuters Omar Sobhani, um velho amigo e colega de Shah Marai, estava ao lado dele quando a bomba explodiu.

"Estávamos parados em uma pequena elevação para ter um melhor campo de visão para a foto quando ouvi um estrondo e o vi no chão. Fiquei chocado, não pude acreditar", disse Sobhani, que sofreu ferimentos leves.

Em Khost, Ahmad Shah, que trabalhava para o serviço de idioma pashto da BBC e também para a Reuters, foi morto na periferia da cidade, de acordo com Talib Mangal, porta-voz do governador da província de Khost. A BBC confirmou a morte em um comunicado no Twitter.

Não há indicação de qualquer ligação direta entre os ataques em Kabul e Khost.

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