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Desoneração não garante etanol mais barato na bomba

Pacote deve beneficiar revendedores e distribuidores, mas não promete grandes “alívios” para o bolso do consumidor, diz especialista. Na bomba, gasolina deve ficar ainda mais vantajosa

Estoques de Etanol (SXC.Hu)

Vanessa Barbosa

Publicado em 23 de abril de 2013 às 18h46.

São Paulo – As medidas anunciadas pelo governo nesta terça-feira para estimular a produção de etanol nacional não prometem reduzir sensivelmente o preço do combustível na bomba a ponto de torná-lo mais atrativo para o consumidor.

Segundo estimativas da consultoria Datagro, especializada no setor sucroalcooleiro, o corte de R$0,12 por litro de álcool ( o governo "zerou" o PIS/Cofins ) reserva efeitos bem diferenciados ao longo da cadeia, beneficiando principalmente revendedores e distribuidores.

“De 40% a 50% será capturado pelos produtores e revendedores”, diz Plínio Nastari, presidente da Datagro. O especialista destaca que a margem de distribuição e revenda do etanol é muito baixa comparada à gasolina. “Cerca de 10 a 12 centavos por litro, contra os 40 centavos da gasolina”, explica.

Além disso, de 30% a 40% do que for desonerado deverá ser capturado pelos produtores, ao passo que apenas de 10% a 30% poderá ser capturado pelo consumidor. Traduzindo: se o preço do etanol cair, ele será quase imperceptível para o consumidor.

Se somarmos a isso o efeito do aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 20% para 25%, que começa a vigorar dia 1º de maio, a competitividade do etanol na bomba continua sem perspectiva de melhorar. Conforme afirmou o ministro Guido Manteiga durante o anúncio das medidas, o aumento da mistura vai inevitavelmente puxar pra baixo o preço da gasolina.

A ressalva positiva do especialista, entretanto, vai para o aumento da safra de etanol deste ano, que promete superar a do ano passado, o que pode, isso sim, afetar o preço do etanol na bomba para o consumidor.

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São Paulo – As medidas anunciadas pelo governo nesta terça-feira para estimular a produção de etanol nacional não prometem reduzir sensivelmente o preço do combustível na bomba a ponto de torná-lo mais atrativo para o consumidor.

Segundo estimativas da consultoria Datagro, especializada no setor sucroalcooleiro, o corte de R$0,12 por litro de álcool ( o governo "zerou" o PIS/Cofins ) reserva efeitos bem diferenciados ao longo da cadeia, beneficiando principalmente revendedores e distribuidores.

“De 40% a 50% será capturado pelos produtores e revendedores”, diz Plínio Nastari, presidente da Datagro. O especialista destaca que a margem de distribuição e revenda do etanol é muito baixa comparada à gasolina. “Cerca de 10 a 12 centavos por litro, contra os 40 centavos da gasolina”, explica.

Além disso, de 30% a 40% do que for desonerado deverá ser capturado pelos produtores, ao passo que apenas de 10% a 30% poderá ser capturado pelo consumidor. Traduzindo: se o preço do etanol cair, ele será quase imperceptível para o consumidor.

Se somarmos a isso o efeito do aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 20% para 25%, que começa a vigorar dia 1º de maio, a competitividade do etanol na bomba continua sem perspectiva de melhorar. Conforme afirmou o ministro Guido Manteiga durante o anúncio das medidas, o aumento da mistura vai inevitavelmente puxar pra baixo o preço da gasolina.

A ressalva positiva do especialista, entretanto, vai para o aumento da safra de etanol deste ano, que promete superar a do ano passado, o que pode, isso sim, afetar o preço do etanol na bomba para o consumidor.

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