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Desnutrição e mortalidade no campo de Yida, no Sudão do Sul

Campo recebe cerca de 55 mil refugiados, mais que o triplo de sua capacidade, devido ao movimento dos refugiados antes da temporada de chuvas

Refugiados recebem alimentos em campo de refugiados do Sudão do Sul: população do campo mais do que triplicou desde fevereiro, devido em parte à temporada de chuvas (Giulio Petrocco/AFP)

Refugiados recebem alimentos em campo de refugiados do Sudão do Sul: população do campo mais do que triplicou desde fevereiro, devido em parte à temporada de chuvas (Giulio Petrocco/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 09h10.

Paris - Cerca de 55 mil refugiados encontram-se no campo de Yida, no Sudão do Sul, assolada por uma forte mortalidade, anunciou nesta quinta-feira a organização Médicos Sem Fronteiras.

A população deste campo previsto para acolher 15 mil pessoas mais do que triplicou desde fevereiro, devido em parte a uma forte afluência de refugiados antes da temporada de chuvas.

"Fugiram dos Montes Nuba e de Kordofão-Sul, da falta de alimentos e dos bombardeios", ressalta André Heller-Pérache, chefe da misão dos MSF no Sudão do Sul, contactado por telefone. A ONG faz um apelo para que sejam realizadas doações (www.msf.fr/dons).

Mais de 170 mil pessoas fugiram dos combates entre as forças de Cartum e os rebeldes, que explodiram no verão de 2011 nas regiões fronteiriças entre o Sudão e o Sudão do Sul.

Desde o início das chuvas, em junho e julho, as estradas de grande parte do Sudão do Sul se tornaram intransponíveis, complicando o abastecimento do campo de alimentos e medicamentos.

"Inclusive os aviões de carga não conseguem aterrissar, desde a semana passada colocamos em andamento uma ponte aérea com helicópteros", explicou André Heller-Pérache.

Uma investigação da MSF revela uma alta taxa de mortalidade no campo, onde falecem a cada dia cinco crianças desde junho e onde sofrem diarreia, septicemia, infecções pulmonares e desnutrição. Hellen-Pérache adverte para o perigo da cólera e da malária.

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