EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - A Amazônia perdeu uma área de 109,6 quilômetros quadrados (km²) em maio, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A derrubada é 12% menor do que a registrada pelos satélites no mesmo mês do ano passado e, somada aos resultados dos últimos meses, pode sinalizar uma tendência de queda na taxa anual do desmatamento.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, comenta hoje (22) os dados do Inpe.
Os números do desmatamento mês a mês são calculados pelo sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores do que 25 hectares e serve para direcionar a fiscalização ambiental.
No acumulado de agosto de 2009 a maio de 2010 - primeiros dez meses do calendário oficial do desmatamento - o Deter registrou uma área de 1.567 km² a menos de florestas. O acumulado é 47% menor do que o registrado pelo Deter no período anterior (agosto de 2008 a maio de 2009), quando a soma atingiu 2.960 km².
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Apesar da metodologia diferente, a avaliação do Deter costuma antecipar os resultados do Prodes.
Os dados do Prodes só serão fechados no fim de julho e devem ser apresentados até novembro. Se a tendência de queda se confirmar, o governo pode chegar a um novo recorde de queda do desmatamento. Em 2009, a taxa anual de desmate calculada pelo Inpe foi de 7,4 mil km², a menor registrada em 20 anos de monitoramento.