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Deslocados pelos jihadistas ao Curdistão já chegam a 700 mil

Número de deslocados para a região do Curdistão, em função da violência causada pelo Estado Islâmico, chegou a 700 mil pessoas


	Yazidis fogem da violência do grupo Estado Islâmico em cidade iraquiana
 (REUTERS/Youssef Boudlal)

Yazidis fogem da violência do grupo Estado Islâmico em cidade iraquiana (REUTERS/Youssef Boudlal)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 13h34.

Genebra - O número de deslocados para a região autônoma do Curdistão, no Iraque, em função da violência provocada pelo grupo jihadista Estado Islâmico, chegou a 700 mil pessoas, disse nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

O organismo lançou uma grande operação para ajudar os refugiados.

A maior parte dos deslocados pertence a minorias religiosas perseguidas pelo grupo extremista, acusada de cometer graves crimes.

A operação humanitária está hoje em seu terceiro dia e espera-se que amanhã chegue o quarto avião fretado pelo Acnur para levar artigos de primeira necessidade, como tendas de campanha -consideradas uma prioridade -, cobertores e recipientes para transportar água.

Muitos deslocados estão em acampamentos improvisados ou simplesmente ao ar livre, suportando altas temperaturas e sem o mínimo para sobreviver.

O organismo planeja completar a operação transportando ajuda humanitária por via terrestre para distribuir um total de 2.410 toneladas de ajuda.

Um porta-voz da Acnur disse que centenas de milhares de deslocados vivem em edifícios em construção, mesquitas, igrejas e em mais de 5.700 escolas do Curdistão -onde em certos casos também se estão alojando militares -, o que pode impedir o início do ano letivo em 10 de setembro.

Milhares de iraquianos também chegaram na Síria, onde o Acnur está fornecendo ajuda via aérea, em particular ao acampamento de deslocados de Newroz, situado cerca de 70 quilômetros da fronteira, na cidade de Al Qamishly, na província de Al Hassaka, sob controle dos curdos sírios.

Newroz está acolhendo em particular os deslocados yazidis, uma minoria religiosa que o Estado Islâmico ameaçou com a morte caso seus integrantes não se convertessem ao islamismo.

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