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Desigualdades sociais e abuso de poder preocupam chineses

Segundo 11.400 internautas chineses entrevistados, essas duas questões ameaçam o desenvolvimento do país nos próximos 10 anos


	Policiais chineses ficam de guarda em Pequim durante o congresso do PCC:  59,4% dos entrevistados acreditam ser problemático o poder "sem restrição" de seus dirigentes
 (Mark Ralston/AFP)

Policiais chineses ficam de guarda em Pequim durante o congresso do PCC:  59,4% dos entrevistados acreditam ser problemático o poder "sem restrição" de seus dirigentes (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 10h16.

Pequim - As desigualdades sociais e os abusos de poder são uma ameaça para o desenvolvimento durante os 10 próximos anos, segundo 11.400 internautas chineses entrevistados pelo Jornal da Juventude do Partido Comunista, indicou este jornal na terça-feira, dois dias antes do início do congresso do PCC.

O jornal da Liga da Juventude do PCC também indica que 68,8% desta amostra não representativa da população espera um aumento na qualidade do atendimento médico e dos serviços de saúde, 62,8% querem melhoras na educação e 60% na segurança dos alimentos, que deram lugar a fortes escândalos.

Já 75,4% dos entrevistados consideram como uma ameaça as desigualdades entre ricos e pobres, e 59,4% deles acreditam ser problemático o poder "sem restrição" de seus dirigentes.

Além disso, 52,8% dos entrevistados consideram ameaçador "o fortalecimento dos grupos de interesse" e uma porcentagem inferior afirma estar preocupada com "a degradação do meio ambiente".

A "negação dos interesses das categorias mais fracas" da sociedade constitui um obstáculo para o desenvolvimento para 50,3% dos entrevistados, mas apenas 31,3% deles afirmam estar preocupados com o "enfraquecimento do crescimento econômico" e 28,2% com "as tensões internacionais".

Os internautas interrogados vêm de todas as regiões do país, mas são mais jovens que a média de todos os habitantes da China e uma porcentagem maior vive em cidades. Além disso, a amostra inclui apenas 4,2% de imigrantes internos, que representam 20% da população.

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