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Em derrota para Johnson, UE deve definir novo prazo para o Brexit

Primeiro-ministro do Reino Unido tem batido o pé para um divórcio até 31 de outubro, mas uma lei aprovada pelo parlamento o obrigou a voltar atrás

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Boris Jonhson: em pé de guerra com o Parlamento (UK Parliament/Jessica Taylor/Handout/Reuters)

Boris Jonhson: em pé de guerra com o Parlamento (UK Parliament/Jessica Taylor/Handout/Reuters)

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Redação EXAME

Publicado em 25 de outubro de 2019 às, 06h21.

Última atualização em 25 de outubro de 2019 às, 06h53.

São Paulo — Uma novela que o mundo e especialmente os britânicos estão cansados de assistir deve permanecer no ar nos próximos meses. Frustrando os planos do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que desde que entrou no cargo bateu o pé para um divórcio até 31 de outubro, líderes da União Europeia (UE) devem se reunir novamente nessa sexta-feira 25 para um tópico para lá de conhecido: a definição de um novo prazo para o Brexit.

Ontem, o Parlamento Europeu (PE) se mostrou favorável à prorrogação do divórcio entre Reino Unido e UE. O presidente do Parlamento, David Sassoli, enviou mensagem ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recomendando que aceite o adiamento. O novo prazo que Johnson terá para concretizar o Brexit ㅡ pelo menos por enquanto ㅡ deve ser formalmente definido nesta sexta-feira, mas negociadores apostam para uma extensão de três meses.

“A Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu analisou a situação da saída do Reino Unido da União Europeia, tendo em conta os últimos desenvolvimentos, e escreveu ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para recomendar que aceite o pedido de nova extensão até 31 de janeiro de 2020”, informou a assembleia europeia em comunicado. Na mesma nota, os líderes da assembleia também reiteram que a instituição só aprovará o acordo do Brexit após a ratificação no Parlamento britânico, e é justamente isso que está atrasando a separação.

Se por um lado os parlamentares não recusaram o acordo que Jonhson fechou com a UE ㅡ diferente do que fizeram três vezes com a ex-premiê Theresa May ㅡ, por outro, pediram mais tempo para analisá-lo, forçando o primeiro-ministro a pedir um novo adiamento. Mesmo contra sua vontade, Johnson foi obrigado a ceder devido a uma lei que obriga um novo adiamento até os parlamentares chancelarem seu acordo.

Com a nova extensão, Johnson terá mais alguns meses para convencer os parlamentares a aceitarem seu acordo ㅡ para a infelicidade dos britânicos, que não aguentam mais ouvir sobre o Brexit. Na última semana, a rede de televisão britânica Sky lançou o canal Sky News Brexit-Free, criado para a cobertura de notícias que não tenham a ver com o Brexit. O canal nasceu depois de uma pesquisa mostrar que os britânicos evitam notícias devido ao processo interminável e caótico de deixar a União Europeia.

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