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Deputados tentam evitar julgamento de Berlusconi por caso Ruby

Câmara aprovou uma resolução para premiê ser julgado por um tribunal de ministros

Berlusconi, premiê italiano: Corte Constitucional vai julgar parecer dos deputados (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Berlusconi, premiê italiano: Corte Constitucional vai julgar parecer dos deputados (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 14h18.

Roma - A Câmara dos Deputados da Itália, dominada pela maioria de direita, aprovou nesta terça-feira uma resolução para evitar que Silvio Berlusconi seja julgado pelo tribunal de Milão (norte) por prostituição de menor e abuso de poder e pedir que o caso passe ao tribunal de ministros.

A Câmara dos Deputados, com 12 votos a favor, aprovou um dispositivo para "destacar um conflito de atribuição" no caso conhecido como "Rubygate", que começará na quarta-feira.

A justiça italiana fixou para 6 de abril a abertura do processo contra o primeiro-ministro por prostituição de menor e abuso de função no escândalo sexual Rubygate, um caso que desgastou sua midiática personalidade.

Berlusconi, 74 anos, é acusado de ter pagado pelos serviços sexuais de Ruby, apelido da marroquina Karima el Mahrung, quando ela tinha 17 anos, e de ter atuado junto à polícia de Milão para obter a libertação da jovem, depois que esta foi detida por roubo em 27 de maio.

A resolução votada pelos deputados pede à Corte Constitucional o fim da controvérsia judicial, mas não evita o início automático do julgamento.

Durante a primeira audiência, os juízes deverão decidir sobre a suspensão ou não do processo, à espera de uma resposta definitiva da Corte Constitucional.

A proposta da Câmara provocou um duro debate no Parlamento, já que a direita conservadora considera que os juízes de Milão não são competentes para julgar Berlusconi e que o caso deve passar ao tribunal de ministros, um colegiado de magistrados formado para a ocasião.

Para a maioria conservadora, Berlusconi estava convencido de que Ruby era a sobrinha do então presidente egípcio Hosni Mubarak e queria manter as boas relações com este país quando agiu pessoalmente para obter a libertação da jovem.

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