Mundo

Deputados italianos aprovam plano de austeridade do governo

O texto foi aceito com 402 votos a favor, 75 contra e 22 abstenções, e agora passará ao Senado, que deve votá-lo antes do Natal

Monti, durante seu discurso, agradeceu o 'sentido de responsabilidade' mostrado pelas diferentes forças parlamentares perante este novo ajuste e disse que, se o país seguir adiante nesta direção, está convencido de que 'a Itália se salvará' (Alberto Pizzoli/AFP)

Monti, durante seu discurso, agradeceu o 'sentido de responsabilidade' mostrado pelas diferentes forças parlamentares perante este novo ajuste e disse que, se o país seguir adiante nesta direção, está convencido de que 'a Itália se salvará' (Alberto Pizzoli/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 19h18.

Roma - A Câmara dos Deputados da Itália aprovou nesta sexta-feira o plano de ajuste orçamentário de mais de 30 bilhões de euros impulsionado pelo governo do primeiro-ministro Mario Monti para sanear as contas públicas do país e recuperar, assim, a confiança dos mercados.

O texto foi aceito com 402 votos a favor, 75 contra e 22 abstenções, e agora passará ao Senado, que deve votá-lo antes do Natal.

A votação final do plano de austeridade na Câmara baixa terminou às 21h45 locais (18h45 de Brasília), depois que Monti compareceu no plenário a pedido do partido federalista Liga Norte, ex-aliado no governo de Silvio Berlusconi e uma das legendas parlamentares mais críticas ao novo primeiro-ministro.

Monti, durante seu discurso, agradeceu o 'sentido de responsabilidade' mostrado pelas diferentes forças parlamentares perante este novo ajuste e disse que, se o país seguir adiante nesta direção, está convencido de que 'a Itália se salvará'.

O chefe de governo italiano defendeu o plano de ajuste e ressaltou a necessidade da intervenção, já que, sem ela, as economias dos italianos e, sobretudo, o bem-estar acumulado ao longo de gerações estavam em risco.

Ele disse esperar que este seja o último 'plano de sacrifícios' que o país tenha de enfrentar e isso dependerá de todos os italianos e das reformas estruturais que seja possível realizar.

Já havia garantias de que os deputados aceitariam o texto, cujo conteúdo variou substancialmente desde que foi aprovado no Conselho de Ministros no último dia 4. Isso porque, horas mais cedo, o governo Monti venceu uma moção de confiança votada na Câmara. As questões de confiança são uma estratégia utilizada pelos governos italianos para acelerar a aprovação das leis.

Nas declarações de voto que precederam à aprovação do texto, as legendas com maior representação parlamentar - o Povo da Liberdade (PdL, partido de Berlusconi) e o Partido Democrata - pediram a Monti que atue pelo bem da Itália e que não deixe que as decisões sobre a Itália sejam tomadas pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pela chanceler alemã, Angela Merkel. 

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCrises em empresasEuroEuropaItáliaMoedasPaíses ricosPiigs

Mais de Mundo

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países