Denúncias tornam futuro político de Sarkozy incerto
Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy está envolvido em escândalo de corrupção revelado por escutas telefônicas, o que põe em xeque seu retorno à vida política
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 14h29.
Paris - O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy está envolvido em um escândalo de corrupção revelado por escutas telefônicas encomendadas pela Justiça, o que põe em xeque seu anunciado retorno à vida política, publica nesta sexta-feira o jornal "Le Monde".
Dois dias após ser revelado que conversas particulares de Sarkozy eram gravadas por um de seus principais conselheiros políticos quando ainda estava no Eliseu, "Le Monde" publicou que, após deixar a presidência, foram os juízes que se interessaram por seus diálogos telefônicos, assim como dois de seus ministros do Interior, Brice Hortefeux e Claude Guéant.
Nunca um ex-presidente havia sido objeto de tamanho acompanhamento pela Justiça francesa, afirma o jornal, que vai mais longe e diz que a análise de suas conversas pode lançar luz sobre um crime de tráfico de influência e outro de violação do sigilo da instrução.
As revelações põem mais lenha na fogueira de Sarkozy, que preparava com cautela seu retorno à vida política, enfocando as eleições presidenciais de 2017.
Tudo começou com as suspeitas de que na campanha de Sarkozy para as eleições presidenciais de 2007, que lhe levaram ao Eliseu, se beneficiou de dinheiro do líder líbio Muammar Kadafi .
Para constatar a denúncia, dois juízes abriram uma investigação em abril de 2013 e grampearam o telefone do ex-presidente.
No final do ano passado, os juízes constataram que Sarkozy falava muito menos pelo telefone e descobriram que usava outro, comprado com uma identidade fictícia, para manter as conversas mais comprometedoras.
Grampearam esse segundo e as conversas gravadas no mesmo são as que podem envolver Sarkozy.
De acordo com o jornal francês, o ex-presidente falou com seu advogado sobre outro dos escândalos judiciais que o envolvem, o das doações da multimilionária herdeira do império cosmético "L"Oréal" Lilian Bettencourt para sua campanha de 2007.
Seu advogado, Thierry Herzog, havia apresentado à Corte Suprema um recurso para anular o confisco das agendas do ex-presidente.
Das conversas entre Sarkozy e Herzog, deduz-se que os dois contavam com um informante no Supremo Tribunal que os atualizava quanto ao estado do processo.
Em troca, diz o veículo, o homem havia reivindicado que o ex-presidente usasse sua influência para obter um posto de conselheiro de Estado em Mônaco.
Diante dos indícios de tráfico de influência, a justiça abriu uma investigação, que também se refere supostamente a um crime de violação do sigilo de justiça, já que suspeitam que Azibert forneceu detalhes sobre um caso em curso.
A revelação do novo escândalo acontece a pouco mais de duas semanas do primeiro turno das eleições municipais, primeira reunião eleitoral nacional desde que Sarkozy deixou o Eliseu, em maio de 2012.
Paris - O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy está envolvido em um escândalo de corrupção revelado por escutas telefônicas encomendadas pela Justiça, o que põe em xeque seu anunciado retorno à vida política, publica nesta sexta-feira o jornal "Le Monde".
Dois dias após ser revelado que conversas particulares de Sarkozy eram gravadas por um de seus principais conselheiros políticos quando ainda estava no Eliseu, "Le Monde" publicou que, após deixar a presidência, foram os juízes que se interessaram por seus diálogos telefônicos, assim como dois de seus ministros do Interior, Brice Hortefeux e Claude Guéant.
Nunca um ex-presidente havia sido objeto de tamanho acompanhamento pela Justiça francesa, afirma o jornal, que vai mais longe e diz que a análise de suas conversas pode lançar luz sobre um crime de tráfico de influência e outro de violação do sigilo da instrução.
As revelações põem mais lenha na fogueira de Sarkozy, que preparava com cautela seu retorno à vida política, enfocando as eleições presidenciais de 2017.
Tudo começou com as suspeitas de que na campanha de Sarkozy para as eleições presidenciais de 2007, que lhe levaram ao Eliseu, se beneficiou de dinheiro do líder líbio Muammar Kadafi .
Para constatar a denúncia, dois juízes abriram uma investigação em abril de 2013 e grampearam o telefone do ex-presidente.
No final do ano passado, os juízes constataram que Sarkozy falava muito menos pelo telefone e descobriram que usava outro, comprado com uma identidade fictícia, para manter as conversas mais comprometedoras.
Grampearam esse segundo e as conversas gravadas no mesmo são as que podem envolver Sarkozy.
De acordo com o jornal francês, o ex-presidente falou com seu advogado sobre outro dos escândalos judiciais que o envolvem, o das doações da multimilionária herdeira do império cosmético "L"Oréal" Lilian Bettencourt para sua campanha de 2007.
Seu advogado, Thierry Herzog, havia apresentado à Corte Suprema um recurso para anular o confisco das agendas do ex-presidente.
Das conversas entre Sarkozy e Herzog, deduz-se que os dois contavam com um informante no Supremo Tribunal que os atualizava quanto ao estado do processo.
Em troca, diz o veículo, o homem havia reivindicado que o ex-presidente usasse sua influência para obter um posto de conselheiro de Estado em Mônaco.
Diante dos indícios de tráfico de influência, a justiça abriu uma investigação, que também se refere supostamente a um crime de violação do sigilo de justiça, já que suspeitam que Azibert forneceu detalhes sobre um caso em curso.
A revelação do novo escândalo acontece a pouco mais de duas semanas do primeiro turno das eleições municipais, primeira reunião eleitoral nacional desde que Sarkozy deixou o Eliseu, em maio de 2012.