Mundo

Denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner fica paralisada

Caso voltou à Câmara Federal de Apelações, que terá que definir quem assumirá a investigação


	Alberto Nisman: ele morreu com tiro na cabeça em estranhas circunstâncias em sua casa no último dia 18
 (REUTERS/Marcos Brindicci)

Alberto Nisman: ele morreu com tiro na cabeça em estranhas circunstâncias em sua casa no último dia 18 (REUTERS/Marcos Brindicci)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 18h55.

Buenos Aires - A denúncia apresentada pelo falecido promotor Alberto Nisman contra a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por suposto acobertamento de terroristas, está paralisada e à espera de um juiz depois que dois magistrados não aceitaram assumir o caso nesta segunda-feira.

O juiz Ariel Lijo, que tinha assumido inicialmente a denúncia, desistiu e o caso foi repassado para Daniel Rafecas, que se declarou "incompetente" para assumir o caso, que voltou à Câmara Federal de Apelações, que terá que definir quem assumirá a investigação.

Alberto Nisman acusou Cristina, o chanceler Héctor Timerman e vários dirigentes vinculados ao governo de orquestrar um plano para acobertar os suspeitos iranianos do atentado contra a associação mutual israelita Amia, que deixou 85 mortos em 1994.

O promotor do caso Amia denunciou que o suposto acobertamento derivava de um acordo de entendimento assinado em 2013 entre Argentina e Irã.

Nisman morreu com um tiro na cabeça em estranhas circunstâncias em sua casa no último dia 18, na véspera de comparecer ao Congresso para detalhar sua denúncia contra Cristina.

O governo argentino considera "descabelada" e "sem fundamento" a denúncia de Nisman e aponta que, pelos termos em que está escrita, não pôde ter sido elaborada pelo promotor.

O Executivo relaciona a morte de Nisman com uma manobra de desestabilização dos serviços de Inteligência.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCristina KirchnerJustiçaPolíticosTerrorismo

Mais de Mundo

Oposição venezuelana denuncia 'obstáculos' para credenciar fiscais eleitorais

Macron se recusa a nomear candidata da esquerda a primeira-ministra na França

Em primeiro comício desde saída de Biden, Kamala afirma que seu governo será 'do povo'

Capitólio dos EUA se blinda contra possíveis protestos durante visita de Netanyahu

Mais na Exame