PT e PSDB querem que sejam investigadas autoridades, servidores ou funcionários públicos e empresas privadas que tenham relações com Cachoeira (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2012 às 17h38.
Brasília - O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) deve ser notificado ainda hoje (10) da decisão do Conselho de Ética do Senado de admitir a abertura de investigação sobre seu envolvimento com um esquema de exploração de jogos ilícitos comandados pelo empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O presidente interino do conselho, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), deu o prazo regimental de dez dias úteis para que Demóstenes apresente sua defesa. Esse prazo começa a contar a partir do recebimento do ofício de intimação, pelo parlamentar ou seu gabinete.
Paralelamente ao andamento das investigações do conselho sobre a relação de Demóstenes com Cachoeira, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) começou a coletar assinaturas para a instalação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar as relações do empresário goiano com outros agentes públicos e privados.
Randolfe Rodrigues, entretanto, suspendeu até o fim da tarde de hoje o recolhimento dessas assinaturas para incluir no requerimento solicitações de adequação do texto, especialmente sobre quem será investigado. PT e PSDB querem que sejam investigadas autoridades, servidores ou funcionários públicos e empresas privadas que tenham relações com Cachoeira. A expectativa do deputado é concluir a coleta de assinaturas até amanhã no Senado.
No entanto, o requerimento do deputado Protógenes Queiroz (PSOL-SP), para criação de CPI exclusiva dos deputados está na mesa do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para leitura em plenário. Caso a Câmara aceite a criação de uma comissão de investigação mista, a coleta de assinaturas de Randolfe Rodrigues terá que ser refeita.