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Demóstenes não presta explicações e deve ser expulso do DEM

O senador tinha prometido se reunir com a cúpula do partido nesta segunda-feira para apresentar sua defesa, mas não compareceu ao encontro

Até a semana passada, o partido e o parlamentar ainda cogitavam a hipótese de evitar um processo político, posição que ficou insustentável  (José Cruz/ABr)

Até a semana passada, o partido e o parlamentar ainda cogitavam a hipótese de evitar um processo político, posição que ficou insustentável (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2012 às 22h26.

Brasília  - O Democratas abrirá um processo de expulsão contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) na terça-feira depois que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, na semana passada, abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal para investigar o envolvimento de parlamentares num esquema de exploração de jogos ilegais.

Demóstenes é um dos parlamentares que mantinha relações próximas com Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado pela Polícia Federal de ser o chefe da quadrilha, investigada na Operação Monte Carlo.

O senador tinha prometido se reunir com a cúpula do partido nesta segunda-feira para apresentar sua defesa, mas não compareceu ao encontro e apenas telefonou para o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) dizendo que precisaria de mais tempo para esclarecer as denúncias contra ele.

"Ele não veio, disse que precisava de mais tempo. E agora o partido vai notificá-lo por ofício amanhã (terça) sobre a abertura do processo de expulsão", disse o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).


Ele disse que Demóstenes terá uma semana para se defender formalmente e que no próximo dia 12 a Executiva do partido se reunirá para tomar a decisão, que deve ser pela expulsão do parlamentar.

O deputado disse que "nesse momento" ainda não está em discussão a possibilidade do DEM requerer o mandato do parlamentar, caso ele seja expulso da legenda.

O partido também não deve trabalhar para impedir a abertura do processo no Conselho de Ética do Senado, já pedido pelo PSOL, que pode determinar a cassação do mandato de Demóstenes.

Até a semana passada, o partido e o parlamentar ainda cogitavam a hipótese de evitar um processo político, posição que ficou insustentável depois de novas denúncias serem publicadas pela mídia e do pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Demóstenes renunciou ao cargo de líder da bancada do partido no Senado e era um dos senadores mais combativos da oposição, sempre teve atuação focada na bandeira da ética.

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