Democratas tentam se aproveitar dos problemas do JP Morgan
Senadores ligam episódio em que o banco perdeu 2 bilhões de dólares à regulação frouxa
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2012 às 11h38.
São Paulo - Os democratas americanos tentam tirar proveito dos problemas do banco JP Morgan Chase, que, segundo eles, ilustram os males do programa liberal do candidato presidencial republicano Mitt Romney.
Os 2 bilhões de dólares perdidos devido a "erros" e "falta de rigor" em operações financeiras pelo banco nova-iorquino levaram na sexta-feira os senadores democratas Jeff Merkley e Carl Levin a atacar especialmente Romney.
"Temos um candidato à presidência que quer excluir integralmente a lei" de regulação financeira de 2010, chamada de Dodd-Frank, disse à imprensa Levin, considerado um intervencionista em matéria econômica. "Mitt Romney não quer simplesmente criar um vácuo jurídico (...). Vai muito além. Revogaria a lei Dodd-Frank", acrescentou.
O candidato, em campanha na Carolina do Norte (sudeste), não respondeu. Seu porta-voz, Rick Gorka, indicou em um comunicado que o episódio das perdas do JP Morgan Chase demonstrava "a importância da vigilância e da transparência no mercado de derivativos" e que, se Romney fosse eleito presidente, militaria "por uma regulação de sentido comum".
Entre os republicanos, o senador Bob Corker, um moderado, convocou uma audiência parlamentar sobre o caso JP Morgan, para saber se as finanças públicas estão protegidas de uma eventual quebra do banco, e quais falhas conduziram a semelhantes perdas.
Para os democratas, o JP Morgan é um alvo ideal. Desde a aprovação da lei Dodd-Frank, seu diretor-geral, Jamie Dimon, tornou-se o "laissez-faire" nas finanças, criticou vários aspectos das iniciativas dos legisladores democratas em termos muito duros.
O representante Barney Frank, que deu seu nome à lei, não perdeu a oportunidade de se referir ao assunto. "O JP Morgan Chase, sem nenhuma ajuda do Estado, perdeu nesta série de transações cinco vezes o montante do que alega que lhe custa a regulação financeira", ironizou em um comunicado.
Levin estigmatizou as posições políticas de Dimon. "Está a favor da revogação da lei Dodd-Frank. Não quer que os derivativos sejam regulados. Não quer que as atividades dos bancos como JP Morgan sejam reguladas (...). E com esta perda de 2 bilhões estas três posições demonstraram ser, penso, totalmente equivocadas", disse.
Para seu colega Jeff Merkely, "é um caso de manual que ilustra as razões pelas quais precisamos de um corta-fogo sólido com a regulamentação Volcker".
Esta disposição da lei de 2010, que segue sem entrar em vigor, proíbe aos bancos especular por sua conta nos mercados financeiros.
São Paulo - Os democratas americanos tentam tirar proveito dos problemas do banco JP Morgan Chase, que, segundo eles, ilustram os males do programa liberal do candidato presidencial republicano Mitt Romney.
Os 2 bilhões de dólares perdidos devido a "erros" e "falta de rigor" em operações financeiras pelo banco nova-iorquino levaram na sexta-feira os senadores democratas Jeff Merkley e Carl Levin a atacar especialmente Romney.
"Temos um candidato à presidência que quer excluir integralmente a lei" de regulação financeira de 2010, chamada de Dodd-Frank, disse à imprensa Levin, considerado um intervencionista em matéria econômica. "Mitt Romney não quer simplesmente criar um vácuo jurídico (...). Vai muito além. Revogaria a lei Dodd-Frank", acrescentou.
O candidato, em campanha na Carolina do Norte (sudeste), não respondeu. Seu porta-voz, Rick Gorka, indicou em um comunicado que o episódio das perdas do JP Morgan Chase demonstrava "a importância da vigilância e da transparência no mercado de derivativos" e que, se Romney fosse eleito presidente, militaria "por uma regulação de sentido comum".
Entre os republicanos, o senador Bob Corker, um moderado, convocou uma audiência parlamentar sobre o caso JP Morgan, para saber se as finanças públicas estão protegidas de uma eventual quebra do banco, e quais falhas conduziram a semelhantes perdas.
Para os democratas, o JP Morgan é um alvo ideal. Desde a aprovação da lei Dodd-Frank, seu diretor-geral, Jamie Dimon, tornou-se o "laissez-faire" nas finanças, criticou vários aspectos das iniciativas dos legisladores democratas em termos muito duros.
O representante Barney Frank, que deu seu nome à lei, não perdeu a oportunidade de se referir ao assunto. "O JP Morgan Chase, sem nenhuma ajuda do Estado, perdeu nesta série de transações cinco vezes o montante do que alega que lhe custa a regulação financeira", ironizou em um comunicado.
Levin estigmatizou as posições políticas de Dimon. "Está a favor da revogação da lei Dodd-Frank. Não quer que os derivativos sejam regulados. Não quer que as atividades dos bancos como JP Morgan sejam reguladas (...). E com esta perda de 2 bilhões estas três posições demonstraram ser, penso, totalmente equivocadas", disse.
Para seu colega Jeff Merkely, "é um caso de manual que ilustra as razões pelas quais precisamos de um corta-fogo sólido com a regulamentação Volcker".
Esta disposição da lei de 2010, que segue sem entrar em vigor, proíbe aos bancos especular por sua conta nos mercados financeiros.