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Democratas enfrentam dilema de apoiar Kamala Harris ou permitir convenção aberta

Atual vice-presidente deve ser candidata nas eleições deste ano após renúncia de Joe Biden

ORLANDO, FL- OCTOBER 20: Democratic presidential nominee U.S. Sen. Barack Obama (D-IL) and Sen. Hillary Clinton (D-NY) attend a campaign rally together at Amway Arena October 20, 2008 in Orlando, Florida. Obama continues to campaign against his challenger, Republican presidential nominee Sen. John McCain (R-AZ) while Election Day begins to draw near. (Photo by Joe Raedle/Getty Images) (Joe Raedle/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 22 de julho de 2024 às 08h30.

O anúncio do presidente dos Estados Unidos,Joe Biden, de que está desistindo de sua candidatura à reeleição colocou os líderes do Partido Democrata diante de um dilema: eles devem apoiar a vice-presidente Kamala Harris como cabeça de chapa ou permitir uma convenção aberta e competitiva em agosto que escolha um novo candidato à presidência?

Depois de anunciar a desistência de disputar a eleição presidencial de novembro, Biden foi claro ao dar apoio a Harris, mas outros membros importantes do partido, como o ex-presidente Barack Obama, a influente congressista californiana Nancy Pelosi e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, não endossaram essa escolha, nem declararam respaldo a outro nome.

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Harris divulgou um comunicado neste domingo agradecendo o apoio de Biden como candidata e confirmou que tentará ser oficializada pelo partido, que realizará sua convenção nacional de 19 a 22 de agosto em Chicago.

Antes da desistência de Biden, principais doadores sinalizaram apoio à nomeação de Kamala Harris

“É uma honra ter o apoio do presidente, e minha intenção é conquistar e obter essa indicação”, disse ela em um comunicado.

O ex-presidente Bill Clinton e sua esposa e ex-candidata presidencial e ex-secretária de Estado Hillary Clinton também apoiaram Harris logo após o anúncio histórico de Biden de que não buscaria a reeleição, após semanas de pressão interna para abrir caminho para alguém mais capaz de derrotar o republicano Donald Trump nas urnas.

“É hora de apoiar Kamala Harris e lutar com tudo o que temos para que ela seja eleita. O futuro dos Estados Unidos depende disso”, disseram os Clinton em um comunicado.

Quem pode substituir Biden

Obama, por sua vez, conclamou o Partido Democrata a indicar um “candidato extraordinário” para as eleições de novembro, mas em sua mensagem ele evitou endossar a vice-presidente.

O líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, divulgou uma declaração na qual também não mencionou apoio a Harris, que, no entanto, é a pessoa mais bem posicionada para ganhar a indicação daqui a um mês.

Como a campanha foi registrada na Comissão Eleitoral Federal como Biden-Harris, a vice-presidente poderá usar os recursos de doadores, de acordo com Kenneth Gross, consultor de finanças eleitorais.

Uma fonte ligada aos doadores democratas disse à rede de televisão "MSNBC" que a candidatura presidencial de Harris desencadeará uma “onda azul de doações” na casa dos milhões para sua campanha, depois que os principais contribuintes democratas disseram que não colocariam dinheiro se Biden continuasse na disputa.

Até o momento, ninguém declarou intenção de desafiar Harris, que, segundo algumas pesquisas, teria melhor desempenho contra Trump do que Biden.

Uma pesquisa da rede de televisão "CBS" divulgada na semana passada mostrava Trump com uma vantagem de três pontos percentuais sobre Harris e uma de cinco pontos sobre Biden.

A única alternativa a Harris que tem consistentemente melhores resultados contra Trump é outra mulher: a ex-primeira-dama Michelle Obama.

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