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Delegação palestina rejeita desarmamento do Hamas

Delegação da Palestina que negocia cessar-fogo entre Israel e Hamas rejeitou exigência israelense para que o movimento palestino se desarme


	Protesto pró-Palestina: serviços secretos do Egito respaldam postura palestina
 (Reuters)

Protesto pró-Palestina: serviços secretos do Egito respaldam postura palestina (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 12h15.

Cairo - A delegação palestina que se encontra no Cairo para negociar um cessar-fogo permanente entre Israel e Hamas rejeitou nesta quinta-feira a exigência israelense de desarmamento deste movimento, comunicada através do mediador egípcio.

Um responsável egípcio disse à Agência Efe que os serviços secretos de seu país respaldam a postura palestina, que avalia como linha vermelha a condição imposta por Israel de que o Hamas deva entregar suas armas.

A fonte acrescentou que Israel tem a intenção de satisfazer "cedo ou tarde" todas as reivindicações palestinas, com exceção do desarmamento do movimento islamita, considerado algo inegociável.

No entanto, a delegação palestina insistiu em defender o cumprimento de todas suas exigências de uma só vez, acrescentou.

Além disso, a fonte egípcia disse que a delegação se mostrou intransigente desde a chegada ao Cairo de Khalil al-Khaya, membro do escritório político do Hamas, e de Khaled al Batsh, dirigente da Jihad Islâmica.

Fontes palestinas explicaram à Efe que surgiram algumas divergências no seio de sua delegação, já que seu chefe, Azzam al Ahmad, ameaçou se retirar das negociações caso o Hamas e a Jihad Islâmica não se mostrassem mais flexíveis.

A delegação estenderá sua presença na capital egípcia até o próximo domingo - no máximo -, embora sua saída estivesse prevista para hoje.

Enquanto ocorrem estas negociações no Cairo, a calma segue vigente em Gaza por conta da trégua de 72 horas que ambas as partes acordaram para negociar uma saída ao conflito. Segundo o estipulado, esse cessar-fogo deve ser concluído amanhã, por volta das 8h locais (2h de Brasília).

Mais de 1.800 palestinos e 67 israelenses morreram nos 29 dias de ofensiva militar israelense contra o Hamas e as milícias armadas, a qual passou a ser considerada a mais grave desde 1967.

*Atualizada às 12h15 do dia 07/08/2014

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