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Defesa de Cachoeira tenta esfriar CPI, diz Miro Teixeira

Cachoeira falaria inicialmente à comissão na última terça-feira, mas um dia antes uma decisão do ministro do STF Celso de Mello adiou o depoimento

Miro Teixeira não acredita que o ministro do STF determine um novo adiamento do depoimento de Cachoeira à Comissão (Reuters)

Miro Teixeira não acredita que o ministro do STF determine um novo adiamento do depoimento de Cachoeira à Comissão (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 15h31.

Brasília - O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) acusou nesta sexta-feira a defesa do contraventor Carlinhos Cachoeira de manobrar para inviabilizar a CPI Mista. Ontem, os advogados do contraventor pediram novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar o depoimento de Cachoeira à Comissão, marcado para a próxima terça-feira. O argumento é de que eles não tiveram tempo suficiente para analisar todos os documentos contra o seu cliente, disponíveis na sala da CPI.

Cachoeira falaria inicialmente à comissão na última terça-feira, mas um dia antes uma decisão do ministro do STF Celso de Mello adiou o depoimento. A comissão remarcou a ida de Cachoeira para uma semana depois.

Mas a assessoria de Miro divulgou hoje que, de acordo com o controle de acesso de advogados à sala da CPI, desde terça-feira os defensores de Cachoeira estiveram no local apenas na quarta-feira. Naquele dia, um advogado esteve lá por apenas 31 minutos e outro, por cerca de 2 horas e trinta minutos.

"Ficou muito claro que não é o uso adequado do exercício do direito de defesa. É uma protelação, é um mecanismo para esfriar a CPI, para inviabilizar a comissão parlamentar de inquérito", criticou Miro.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), franqueou acesso à defesa do contraventor ao local até mesmo durante o final de semana.

Miro Teixeira não acredita que o ministro do STF determine um novo adiamento do depoimento de Cachoeira à Comissão. Mas alertou que, se isso ocorrer, será uma "situação institucional". "Aí não será a CPI, terá que ser o Congresso Nacional a defender as prerrogativas desses que tem o mandato", afirmou.

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