Declarações sobre aborto aquecem a campanha dos EUA
O candidato republicano Mitt Romney criticou o polêmico comentário de que os corpos das mulheres vítimas de estupro têm mecanismos para evitar uma gravidez não-desejada
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2012 às 20h41.
Washington - Os polêmicos comentários de um congressista republicano contrário ao aborto sobre a existência de diferentes tipos de estupro e a inesperada entrevista do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , na Casa Branca aqueceram a campanha eleitoral nesta segunda-feira.
O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, criticou nesta segunda-feira o polêmico comentário de um companheiro de partido que afirmou que os corpos das mulheres vítimas de estupro têm mecanismos para evitar uma gravidez não-desejada.
Os comentários de Todd Akin, congressista pelo Missouri, ''são insultantes e indesculpáveis'', disse Romney à publicação conservadora ''National Review''.
Akin, contrário o aborto sem exceções, afirmou no domingo em entrevista a uma televisão de Saint Louis que é preciso distinguir entre o estupro ''real'' ou ''autêntico'', que muito raramente gera uma gravidez, e outros tipos de estupros que não especificou.
''Pelo que ouço dos médicos, isso é muito raro'', afirmou Akin sobre a gravidez consequente de uma ''violação real''. ''Caso seja um estupro real, o corpo feminino tem formas de evitar'' uma gravidez não desejada, insistiu o congressista.
As declarações de Akin geraram polêmica imediatamente e o congressista divulgou um comunicado onde alega que não se explicou bem na entrevista, mas reiterou sua oposição ao aborto em casos de estupro.
Os democratas criticaram duramente os comentários de Akin e a campanha republicana se distanciou imediatamente dessas afirmações.
Romney e seu candidato a vice-presidente, Paul Ryan, ''não estão de acordo com a declaração do senhor Akin e uma Administração Romney-Ryan não se oporia ao aborto em casos de estupro'', afirmou uma porta-voz da campanha republicana, Amanda Henneberg, em comunicado emitido no domingo.
A campanha democrata fez questão de lembrar que Ryan é um devoto católico contra o aborto em qualquer caso, exceto quando a vida da mãe corre perigo. Já Romney se opõe ao aborto exceto em casos de estupro e incesto.
O senador republicano Scott Brown foi além da medida de distanciamento e pediu a Akin que desista da campanha para se eleger senador pelo Missouri, em novembro.
Por sua parte, o presidente e candidato democrata à reeleição apareceu de surpresa na sala de imprensa da Casa Branca para responder perguntas dos jornalistas e fixar assim alguns de seus lemas de campanha, embora também tenha falado da situação na Síria e no Afeganistão.
Em sua primeira entrevista coletiva em dois meses, Obama também rejeitou hoje as acusações dos republicanos sobre sua campanha ''negativa'' contra Romney e marcou distâncias com os anúncios de comitês políticos de tendência democrata.
O presidente aludiu concretamente a um anúncio muito criticado do comitê de ação política Priorities USA que parece responsabilizar Romney pela morte por câncer de uma mulher.
É um anúncio ''que não aprovei nem produzi'', ressaltou Obama, que por outro lado pediu a Romney que revele sua situação financeira porque ''todo mundo deve jogar com as mesmas regras''.
''Não é mesquinho pedir que faça o mesmo que fizeram outros candidatos prévios (...) Se quer ser presidente dos EUA, deve assumir que sua vida é um livro aberto, pelo menos financeiramente'', comentou Obama.
Washington - Os polêmicos comentários de um congressista republicano contrário ao aborto sobre a existência de diferentes tipos de estupro e a inesperada entrevista do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , na Casa Branca aqueceram a campanha eleitoral nesta segunda-feira.
O candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney, criticou nesta segunda-feira o polêmico comentário de um companheiro de partido que afirmou que os corpos das mulheres vítimas de estupro têm mecanismos para evitar uma gravidez não-desejada.
Os comentários de Todd Akin, congressista pelo Missouri, ''são insultantes e indesculpáveis'', disse Romney à publicação conservadora ''National Review''.
Akin, contrário o aborto sem exceções, afirmou no domingo em entrevista a uma televisão de Saint Louis que é preciso distinguir entre o estupro ''real'' ou ''autêntico'', que muito raramente gera uma gravidez, e outros tipos de estupros que não especificou.
''Pelo que ouço dos médicos, isso é muito raro'', afirmou Akin sobre a gravidez consequente de uma ''violação real''. ''Caso seja um estupro real, o corpo feminino tem formas de evitar'' uma gravidez não desejada, insistiu o congressista.
As declarações de Akin geraram polêmica imediatamente e o congressista divulgou um comunicado onde alega que não se explicou bem na entrevista, mas reiterou sua oposição ao aborto em casos de estupro.
Os democratas criticaram duramente os comentários de Akin e a campanha republicana se distanciou imediatamente dessas afirmações.
Romney e seu candidato a vice-presidente, Paul Ryan, ''não estão de acordo com a declaração do senhor Akin e uma Administração Romney-Ryan não se oporia ao aborto em casos de estupro'', afirmou uma porta-voz da campanha republicana, Amanda Henneberg, em comunicado emitido no domingo.
A campanha democrata fez questão de lembrar que Ryan é um devoto católico contra o aborto em qualquer caso, exceto quando a vida da mãe corre perigo. Já Romney se opõe ao aborto exceto em casos de estupro e incesto.
O senador republicano Scott Brown foi além da medida de distanciamento e pediu a Akin que desista da campanha para se eleger senador pelo Missouri, em novembro.
Por sua parte, o presidente e candidato democrata à reeleição apareceu de surpresa na sala de imprensa da Casa Branca para responder perguntas dos jornalistas e fixar assim alguns de seus lemas de campanha, embora também tenha falado da situação na Síria e no Afeganistão.
Em sua primeira entrevista coletiva em dois meses, Obama também rejeitou hoje as acusações dos republicanos sobre sua campanha ''negativa'' contra Romney e marcou distâncias com os anúncios de comitês políticos de tendência democrata.
O presidente aludiu concretamente a um anúncio muito criticado do comitê de ação política Priorities USA que parece responsabilizar Romney pela morte por câncer de uma mulher.
É um anúncio ''que não aprovei nem produzi'', ressaltou Obama, que por outro lado pediu a Romney que revele sua situação financeira porque ''todo mundo deve jogar com as mesmas regras''.
''Não é mesquinho pedir que faça o mesmo que fizeram outros candidatos prévios (...) Se quer ser presidente dos EUA, deve assumir que sua vida é um livro aberto, pelo menos financeiramente'', comentou Obama.