Mundo

Decisão da justiça venezuelana complica referendo de Maduro

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) determinou que o referendo só será convocado se 20% dos eleitores de cada um dos 24 estados do país firmarem a petição


	Nicolás Maduro: a coalizão opositora MUD acusa o TSJ de ser o escritório de advocacia do governo chavista
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Nicolás Maduro: a coalizão opositora MUD acusa o TSJ de ser o escritório de advocacia do governo chavista (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 09h39.

A Justiça da Venezuela decidiu nesta segunda-feira que o recolhimento de firmas para o referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro exigirá 20% do total de eleitores de cada estado, e não do conjunto do país.

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) determinou que o referendo só será convocado se 20% dos eleitores de cada um dos 24 estados do país firmarem a petição, entre os dias 26 e 28 de outubro.

"A convocação do referendo revogatório exige reunir 20% de manifestações da vontade do corpo eleitoral em todos e cada um dos Estados e do Distrito Capital", declara a sentença do TSJ.

"A falta de recolhimento deste percentual em qualquer dos Estados ou no Distrito Capital tornará inválida a convocação do referendo revogatório presidencial".

A oposição rejeita tal exigência, alegando que a lei determina as firmas de 20% do total do eleitorado em nível nacional e não por regiões.

Com a decisão do TSJ, caso apenas um Estado não cumpra com a meta de 20% das firmas dos eleitores a consulta popular estará barrada.

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) acusa o TSJ de ser o escritório de advocacia do governo chavista.

No final de setembro, a declaração de uma das reitoras do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Socorro Hernández, semeou dúvidas sobre o padrão nacional ou estadual dos 20%.

"Deve haver referendo", disse Hernández na ocasião sobre a hipótese de algum Estado não atingir os 20%.

A oposição luta para realizar o referendo antes do dia 10 de janeiro de 2017, para que haja eleições antecipadas, mas o CNE afirma que o referendo ocorrerá apenas em fevereiro.

Após 10 de janeiro, Maduro será substituído por seu vice-presidente.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEleiçõesGovernoNicolás MaduroPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame