Debutante, África do Sul aumenta campo político do Bric
O país fez lobby com a China, seu maior parceiro comercial, para entrar no Bric, buscando um convite como forma de se destacar das economias de segundo escalão
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2011 às 08h42.
Johannesburgo - Em termos de poderio econômico, a África do Sul não merece muito um lugar na mesa de discussões do Bric, grupo das principais economias emergentes que se reúne esta semana na China.
Mas o país, que estreia na cúpula, consegue importância política como um acesso aos Estados em desenvolvimento da África subsaariana, algo que ajuda a expandir o alcance geográfico do Bric --Brasil, Rússia, Índia e China.
"Essa é uma conquista diplomática para a África do Sul, e não econômica", disse Anne Fruhauf, analista do Eurasia Group para a África.
Com uma economia de 285 bilhões de dólares, uma população bem menor e um crescimento de apenas 3 por cento, a África do Sul fica pequena em comparação aos quatro gigantes emergentes.
A economia sul-africana representa menos de um quarto da economia russa, que é a menor do grupo. Embora seja a maior de seu continente, a economia da África do Sul só é um pouco maior que a sexta província mais rica da China.
A África do Sul fez lobby com a China, seu maior parceiro comercial, para entrar no Bric, buscando um convite para o clube como forma de distinguir-se das economias emergentes de segundo escalão.
Jim O'Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management que cunhou o conceito Bric em 2001, disse que a África do Sul não pertence ao grupo. Outros sugeriram que Indonésia, Coreia do Sul ou Turquia, todas economias maiores que a África do Sul, seriam candidatas melhores.
Mas a África do Sul ajuda a fazer a ponte comercial "sul-sul" e a expandir a influência do Bric como contraponto ao G7, que representam principalmente a América do Norte e a Europa.
"O que o G7 foi para o velho mundo, os Brics são para o novo mundo e, para torná-lo mais representativo, claro que uma economia africana tem de falar pelo mundo em desenvolvimento", disse Martyn Davies, especialista em relações econômicas entre África e China e diretor-executivo da Frontier Advisory.
Commodities
A África do Sul e o sul da África também oferecem algo que os Estados do Bric precisam desesperadamente: commodities para alimentar seus motores econômicos.
Índia, Brasil e China trabalham para aumentar o comércio com a África. A Vale planeja investir de 15 a 20 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos na África, e a Petrobras quer investir 3 bilhões de dólares no continente até 2013.
Johannesburgo - Em termos de poderio econômico, a África do Sul não merece muito um lugar na mesa de discussões do Bric, grupo das principais economias emergentes que se reúne esta semana na China.
Mas o país, que estreia na cúpula, consegue importância política como um acesso aos Estados em desenvolvimento da África subsaariana, algo que ajuda a expandir o alcance geográfico do Bric --Brasil, Rússia, Índia e China.
"Essa é uma conquista diplomática para a África do Sul, e não econômica", disse Anne Fruhauf, analista do Eurasia Group para a África.
Com uma economia de 285 bilhões de dólares, uma população bem menor e um crescimento de apenas 3 por cento, a África do Sul fica pequena em comparação aos quatro gigantes emergentes.
A economia sul-africana representa menos de um quarto da economia russa, que é a menor do grupo. Embora seja a maior de seu continente, a economia da África do Sul só é um pouco maior que a sexta província mais rica da China.
A África do Sul fez lobby com a China, seu maior parceiro comercial, para entrar no Bric, buscando um convite para o clube como forma de distinguir-se das economias emergentes de segundo escalão.
Jim O'Neill, presidente do Goldman Sachs Asset Management que cunhou o conceito Bric em 2001, disse que a África do Sul não pertence ao grupo. Outros sugeriram que Indonésia, Coreia do Sul ou Turquia, todas economias maiores que a África do Sul, seriam candidatas melhores.
Mas a África do Sul ajuda a fazer a ponte comercial "sul-sul" e a expandir a influência do Bric como contraponto ao G7, que representam principalmente a América do Norte e a Europa.
"O que o G7 foi para o velho mundo, os Brics são para o novo mundo e, para torná-lo mais representativo, claro que uma economia africana tem de falar pelo mundo em desenvolvimento", disse Martyn Davies, especialista em relações econômicas entre África e China e diretor-executivo da Frontier Advisory.
Commodities
A África do Sul e o sul da África também oferecem algo que os Estados do Bric precisam desesperadamente: commodities para alimentar seus motores econômicos.
Índia, Brasil e China trabalham para aumentar o comércio com a África. A Vale planeja investir de 15 a 20 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos na África, e a Petrobras quer investir 3 bilhões de dólares no continente até 2013.