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De olho na Constituinte, Maduro troca ministros na Venezuela

Isso se deu porque alguns colaboradores deixaram o poder para participar da eleição dos 545 membros que irão redigir a nova Constituição do país

Maduro: as mudanças no gabinete ocorreram na data limite dada a funcionários públicos para abandonar seus cargos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2017 às 06h44.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro, deu posse na quarta-feira a novos ministros do governo. Alguns dos colaboradores do presidente deixaram o poder porque participarão da eleição dos 545 membros da Assembleia Constituinte que redigirá uma nova Constituição, iniciativa vista como inconstitucional pelos oposicionistas.

Na lista de candidatos a integrar a Assembleia Constituinte estão, entre outros, a primeira-dama Cilia Flores e a ex-chanceler Delcy Rodríguez, que deixou seu cargo ontem.

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As mudanças no gabinete ocorreram na data limite dada a funcionários públicos para abandonar seus cargos para que possam se apresentar como candidatos.

O novo ministro das Relações Exteriores da Venezuela é o historiador Samuel Moncada, até então vice-ministro para a América do Norte e embaixador da Organização dos Estados Americanos (OEA). Antes de anunciar a designação de Moncada, Maduro disse que está disposto a dialogar com o governo do presidente americano, Donald Trump.

Segundo ele, Washington solicitou reuniões "importantes de muito alto nível" e ele as autorizou. "Claro que temos que dialogar. Se o presidente Donald Trump conseguisse ver com um facho de luz por lá a verdade da Venezuela, eu inclusive poderia dialogar com ele algum dia. Tomara", disse o presidente.

Entre os novos membros do gabinete estão o major-general Carlos Osorio, ex-ministro de Alimentação, que volta à equipe como titular do Gabinete da Presidência, no lugar da almirante Carmen Meléndez, candidata na Assembleia Constituinte. O major-general Juan García Toussaintt, que estava como comandante geral do Exército, ficará à frente do Ministério dos Transportes.

No ato transmitido por rádio e televisão, o presidente também designou o major-general Antonio Benavides Torres como chefe de governo do Distrito Capital, cargo criado após o opositor Antonio Ledezma ter sido eleito prefeito de Caracas, em 2008. Fonte: Associated Press.

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