De olho em 2013, Argentina diminui idade de votar em 16 anos
Cristina Kirchner não descartou uma oferta de seus apoiadores para mudar a Constituição que a permita disputar um terceiro mandato em 2015
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2012 às 07h18.
Buenos Aires - A <a href="https://exame.com/noticias-sobre/argentina" target="_blank"><strong>Argentina</strong></a> diminuiu a idade para votar de 18 para 16 anos, uma mudança que pode ajudar aliados políticos da presidente Cristina Kirchner a cortejar o voto jovem antes das eleições de 2013.</p>
Dezenas de membros da oposição na Câmara dos Deputados abandonaram a sessão tarde da noite na quarta-feira, pouco antes de a medida receber aprovação final por uma votação de 131 a 2.
Cristina, que tem boa avaliação nas pesquisas entre o eleitorado jovem, não descartou uma oferta de seus apoiadores para mudar a Constituição que a permita disputar um terceiro mandato em 2015. Legiões de jovens ativistas uniram-se ao movimento "Campora", conhecido por barulhentas manifestações a favor das políticas heterodoxas dá presidente.
Críticos dizem que a nova lei é voltada para angariar apoio para a presidente antes das eleições legislativas programadas para daqui um ano. Apoiadores dizem que a medida busca alinhar a Argentina com países progressistas como o Equador e o Brasil, que já estenderam o direito de voto para jovens de 16 anos.
A composição do Congresso após as eleições legislativas serão essenciais para qualquer esforço dos aliados da presidente de abrirem caminho para outra candidatura de Cristina. A líder peronista, de 59 anos, conquistou a reeleição no ano passado e nenhuma figura forte de oposição apareceu deste então.
Sua popularidade, porém, caiu para abaixo de 25 por cento à medida que a economia é abalada pelo crescimento mundial lento, alta inflação e controles sobre o câmbio e comércio impostos pelo governo que ferem a confiança dos investidores.
Estima-se que mais de um milhão de novos eleitores estejam aptos a votar agora que a lei foi aprovada nas duas instâncias parlamentares. O Senado já tinha aprovado a medida no início do mês.