Entre os que se consideram bem informados sobre o caso, o porcentual de Dilma cai, mas ela ainda se mantém à frente de Serra (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostra que os eleitores brasileiros ignoram a gravidade do escândalo envolvendo a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. A candidata do governo, Dilma Rousseff, subiu um ponto porcentual em relação ao último levantamento, alcançando 51% das intenções de voto. Já o tucano José Serra manteve-se estável, com 27%.
O levantamento detectou que a maioria dos eleitores 57% tomou conhecimento dos casos de violação dos sigilos da filha e do genro de Serra, além de outras quatro pessoas ligadas ao PSDB. Apenas 12%, porém, consideram-se bem informados a respeito do assunto, apesar da grande repercussão do caso na imprensa.
Os eleitores mais bem informados a respeito do escândalo estão nos segmentos dos mais escolarizados (86%) e com maior renda mensal (84%). O tamanho desse eleitorado, porém, não é grande o suficiente para provocar mudanças significativas no resultado da pesquisa.
Entre os que se consideram bem informados sobre o caso, o porcentual de Dilma cai, mas ela ainda se mantém à frente de Serra, com 46% das intenções ante 33%. Os números, porém, resultariam em um segundo turno.
Ainda de acordo com a pesquisa, 32% dos eleitores consideram que a candidatura mais prejudicada pelo escândalo é a de Serra embora as evidência indiquem que os dados sigilosos dos tucanos acessados irregularmente tiveram como destino o pré-comitê de campanha de Dilma. Boa parte dos eleitores (30%) considera, também, que a maior beneficiada pelo escândalo é Dilma, enquanto apenas 14% acreditam que Serra tira algum benefício do caso.
O levantamento não avaliou o impacto da revelação do esquema de lobby montado em Brasília pelo filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. Conforme revelou VEJA na edição desta semana, com a anuência da mãe, Israel Guerra intermediava contratos milionários entre empresários e órgãos do governo, mediante o pagamento de uma "taxa de sucesso".
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