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Damasco critica novo mediador sobre guerra civil

Fonte do Ministério das Relações Exteriores disse que ''falar de guerra civil na Síria não tem nada a ver com a verdade''


	Brahimi evitou se pronunciar sobre a necessidade do presidente sírio, Bashar al Assad, renunciar ao poder
 (Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters)

Brahimi evitou se pronunciar sobre a necessidade do presidente sírio, Bashar al Assad, renunciar ao poder (Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2012 às 20h59.

Cairo - O governo sírio desqualificou nesta segunda-feira o novo enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, o argelino Lakhdar Brahimi, por ter dito em entrevista que o país está em ''guerra civil'', algo que, segundo Damasco, ''não tem nada a ver com a verdade''.

Em entrevista à agência oficial síria ''Sana'', uma fonte do Ministério das Relações Exteriores sírio disse que ''falar de guerra civil na Síria não tem nada a ver com a verdade'' e que a guerra ''só está no cérebro dos conspiradores''.

A fonte acrescentou que o que acontece no país são ''crimes terroristas perpetrados por grupos fundamentalistas islâmicos respaldados por países conhecidos que lhes proporcionam dinheiro, armas e refúgio''.

Brahimi foi nomeado no dia 17 de agosto em substituição a Kofi Annan, que apresentou sua renúncia ao cargo no início deste mês, e assumirá formalmente suas novas responsabilidades no dia 1º de setembro.

Em entrevista ao canal ''France 24'', Brahimi evitou se pronunciar sobre a necessidade do presidente sírio, Bashar al Assad, renunciar ao poder, mas insistiu que acredita que a Síria está em uma guerra civil e que ''é preciso colocar um fim no conflito''.

''Não é, em absoluto, a tarefa de nenhum país, parte ou emissário da ONU dizer quem dirige a Síria. O povo sírio é o único que pode decidi-lo conforme a Constituição'', afirmou a fonte síria à ''Sana''.

Além disso, advertiu ao diplomata argelino que ''se deseja ver o êxito de sua missão e obter a colaboração do governo sírio, deverá respeitar o marco determinado pela sua missão, admitido pela Síria''.

Finalmente, Damasco convocou Brahimi a trabalhar para conseguir ''compromissos claros dos países que apoiam os grupos terroristas para que deixem de interferir nos assuntos internos da Síria''.

Esta advertência aconteceu horas depois que os observadores internacionais da ONU concluíram sua missão na Síria depois do fracasso do plano de paz apresentado por Annan.

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