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Dalai Lama visitará região indiana disputada com a China

Durante a estadia na zona, ele fará o que costuma fazer habitualmente: "conversar e instruir"

Dalai Lama: a viagem foi criticada com insistência pelas autoridades chinesas (Alessandro Garofalo/Reuters)

Dalai Lama: a viagem foi criticada com insistência pelas autoridades chinesas (Alessandro Garofalo/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de março de 2017 às 11h02.

Nova Délhi - O líder Dalai Lama visitará "na primeira semana de abril" o estado indiano de Arunachal Pradesh, disputado há meio século por Nova Délhi e Pequim, uma viagem que foi criticada com insistência pelas autoridades chinesas.

"No dia 4, na primeira semana de abril, Dalai Lama chegará a Arunachal Pradesh", afirmou nesta sexta-feira à Agência Efe um porta-voz do líder budista tibetano, Tenzin Taklha.

Segundo o porta-voz, a viagem de Dalai Lama surgiu por um "convite" do chefe do governo de Arunachal Pradesh, Pema Khandu. Taklha afirmou que durante a estadia na zona, "Sua Santidade" fará o que costuma fazer habitualmente, que é "conversar e instruir".

Taklha lembrou, além disso, que no passado o líder budista foi "várias vezes" à região, um lugar importante para o budismo já que de lá é original o sexto Dalai Lama, anotou.

A soberania sobre a região de Arunachal Pradesh, na região do Himalaia e no extremo nordeste da Índia, é reivindicada pela Índia e China desde praticamente a criação do estado indiano, e foi o causadora de uma breve guerra entre as duas potências asiáticas em 1962.

China e Índia tentam reduzir as tensões sobre este conflito através de rodadas regulares de negociações, embora sejam frequentes as acusações mútuas de incursões militares na região fronteiriça.

Enquanto Índia controla Arunachal Pradesh, reclamada pela China, o regime comunista administra de fato outra área disputada por ambos, Aksai Chin, na fronteira ocidental dos dois países e parte da histórica região da Caxemira.

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