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Dalai Lama "tem a porta aberta" se quiser retornar, diz China

Tibetanos que dependem do governo chinês estão dispostos a receber o líder religioso, embora digam que o Dalai Lama "não fez nada de bom desde que fugiu do país em 1959"

Dalai Lama poderá retornar ao Tibete chinês por iniciativa própria, segundo o presidente da região (Mario Tama/Getty Images)

Dalai Lama poderá retornar ao Tibete chinês por iniciativa própria, segundo o presidente da região (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 16h21.

Pequim - O presidente da Região Autônoma do Tibete (dependente do Governo chinês), Padma Choling, assegurou em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira que o Dalai Lama tem "a porta aberta" se quiser retornar à China após mais de meio século no exílio, embora também tenha lançado duras críticas contra o líder religioso.

Segundo Choling, de etnia tibetana e membro do Partido Comunista da China, o Dalai Lama "não fez nada de bom pelos tibetanos desde que fugiu do país em 1959", embora a questão de seu retorno "dependa do próprio", assinalou em declarações citadas pela agência "Xinhua".

"A porta está aberta e ele conhece a posição do Governo central", assegurou o presidente regional tibetano, que também rejeitou a possibilidade de qualquer negociação com o Governo tibetano no exílio, com sede em Dharamsala (Índia) e ligado ao Dalai Lama.

Choling destacou que o único Governo legal que representa os tibetanos é o da região autônoma representada por ele, e assinalou que nenhum país do mundo o reconhece.

O líder comunista também rejeitou o processo de sucessão do Governo tibetano no exílio, realizado em abril, pelo qual o Dalai Lama se aposentou da política e o professor Lobsang Sangay foi eleito novo primeiro-ministro por sufrágio universal.

"Não importa que tenha se aposentado ou não. O Dalai Lama não tem permissão para sabotar a felicidade dos tibetanos", avaliou o líder regional.

A China assegura que o Tibete é há séculos parte inseparável de seu território, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi durante muito tempo virtualmente independentemente, até ser ocupada pelas tropas comunistas, em 1951.

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