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Da Espanha, Indio avisa que lutará contra volta da CPMF

Vice na chapa de Serra, o deputado federal não foi o único que se pronunciou contra a volta do imposto: Fiesp e Fecomercio também se pronunciaram

Indio da Costa disse que, quando voltar da Espanha, lutará contra a Emenda 29 e a CPMF (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Indio da Costa disse que, quando voltar da Espanha, lutará contra a Emenda 29 e a CPMF (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 14h06.

São Paulo - De férias na Espanha, o deputado federal e ex-vice da chapa de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência da República, Indio da Costa (DEM), mandou um aviso ao governo federal: quando voltar ao Brasil, atuará contra o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Vamos ao enfrentamento em favor da Emenda 29 e contra a nova CPMF", disse ontem o deputado no Twitter.

Sem mandato no próximo ano, Indio já havia anunciado no domingo, após a vitória de Dilma Rousseff (PT), que completaria seu trabalho na Câmara dos Deputados na oposição, cobrando as promessas do atual governo e da futura presidente. Com a discussão sobre o retorno da CPMF, o deputado, que visita a filha de 6 anos em Madri, não esperou o fim das férias para se manifestar.

Além do ex-vice de Serra, entidades empresariais já se manifestaram contra o retorno da contribuição. Em nota oficial, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) rechaçou hoje a proposta. "A sociedade brasileira não aceita elevação da carga tributária", afirma o presidente da entidade, Paulo Skaf, que concorreu ao governo paulista pelo PSB com apoio de Dilma Rousseff. "O que esperamos é que, logo nos primeiros meses do novo governo, sejam promovidas as necessárias reformas, entre elas a tributária - com simplificação e transparência nos sistemas", completa.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) também se manifestou contrária à recriação do tributo, sob argumento de que as empresas não aceitarão a discussão sobre a volta da CPMF, "mesmo que sob nova denominação". "Esse é o momento de se debater sobre uma reforma tributária mais ampla e não voltar a falar na criação de um novo tributo", diz Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

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