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Cubanos nos EUA estão divididos sobre aproximação com Havana

Praticamente metade dos cubanos que moram nos Estados Unidos rejeita decisão de Obama de buscar reaproximação com Cuba

Cubanos que moram em Miami protestam contra o anúncio de Barack Obama
 (Joe Raedle/AFP)

Cubanos que moram em Miami protestam contra o anúncio de Barack Obama (Joe Raedle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2014 às 10h29.

Miami - Os cubanos residentes nos Estados Unidos estão divididos sobre o anúncio da normalização das relações entre Havana e Washington, revela a primeira pesquisa sobre a decisão, divulgada nesta sexta-feira.

Entre os entrevistados, 48% rejeitam a decisão anunciada pelo presidente Barack Obama na quarta-feira passada de buscar uma aproximação com Cuba, após mais de meio século de confrontação.

Mas 44% apoiam a retomada das relações, que inclui a reabertura das embaixadas, o relaxamento das restrições sobre viagens à Ilha e um maior comércio bilateral, afirma a pesquisa Bendixen & Amandi International, publicada pelo jornal Miami Herald.

Os restantes 8% entrevistados pelo instituto não opinaram.

A pesquisa revela que os cubanos nos EUA com menos de 65 anos são maioria entre os que apoiam a reaproximação (de 18 a 29 anos, 53% contra 36%; de 30 a 49 anos, 47% contra 45%; 50 a 64 anos, 58% contra 38%).

Já entre os maiores de 65 anos a rejeição à normalização é enorme, com 67% reprovando a medida, contra apenas 25%.

A tendência também depende da data de chegada aos Estados Unidos: os que saíram da Ilha antes de 1980 rejeitam majoritariamente a reaproximação (29% a favor e 64% contra), enquanto se observa um equilíbrio entre os que chegaram aos EUA mais recentemente (45% a favor e 44% contra).

"A pesquisa confirma que em relação à política dos Estados Unidos sobre Cuba, a comunidade cubano-americana está dividida", disse Fernand Amandi, do instituto de pesquisas.

A enquete Bendixen & Amandi foi realizada na quarta e quinta-feira, com 400 cidadãos cubanos que vivem nos Estados Unidos, e tem margem de erro de 4,9%.

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