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Cuba denuncia "golpe de estado" na Bolívia após renúncia de Evo Morales

O agora ex-presidente afirmou que renunciou para ajudar na "pacificação" da Bolívia e para que "volte a paz social"

Morales: presidente renunciou neste domingo (10) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Morales: presidente renunciou neste domingo (10) (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de novembro de 2019 às 21h50.

Última atualização em 10 de novembro de 2019 às 22h37.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, condenou o que chamou de "golpe de estado" na Bolívia que manifestou solidaridade a Evo Morales, que neste domingo anunciou renúncia à presidência do país sul-americano após quase 14 anos no poder.

No Twitter, Díaz-Canel afirmou que "a direita, com violento e covarde golpe de estado, atenta contra a democracia na #Bolivia".

"Nossa enérgica condenação ao golpe de estado e nossa solidaridade ao irmão Pdte @evoespueblo", escreveu o chefe do governo cubano.

"O mundo deve se mobilizar pela vida e a liberdade de Evo", acrescentou, além de colocar as hashtags #EvoNoEstasSolo e #SomosCuba.

Poucas horas antes do anúncio de renúncia de Evo Morales, o presidente cubano havia denunciado uma "estratégia golpista opositora" que promovia "violência que custou mortes, centenas de feridos e expressões condenáveis de racismo em relação aos povos nativos".

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, também foi ao Twitter para manifestar apoio a Evo e se pronunciar na mesma linha de Díaz-Canel.

Evo Morales renunciou neste domingo à presidência da Bolívia em mensagem de vídeo na qual lamentou um "golpe cívico" e que a Polícia tenha se amotinado em quartéis nos últimos dias.

Morales reiterou as acusações contra o ex-presidente boliviano Carlos Mesa (2003-2005) e ao opositor Luis Fernando Camacho de promoverem um golpe de Estado para obligá-lo a deixar o poder e lhes pediu que "não maltratem" os bolivianos.

O agora ex-presidente afirmou que renunciou para ajudar na "pacificação" da Bolívia e para que "volte a paz social".

A Bolívia vive uma grave crise desde o dia seguinte às eleições gerais de 20 de outubro, quando começaram protestos contra o governo e o resultado do pleito, que segundo os opositores de Evo Morales foi manipulado para que ele vencesse em primeiro turno pela quarta vez consecutiva. EFE

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