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Cteep decidirá sobre concessão em dezembro

Companhia reiterou aos acionistas que não aprovem a proposta de prorrogação nos termos estabelecidos pelo governo


	 

	Segundo o diretor-presidente da Cteep, Cesar Ramirez, governo federal desconsiderou investimentos importantes feitos pela transmissora
 (Prakash Singh/AFP)

  Segundo o diretor-presidente da Cteep, Cesar Ramirez, governo federal desconsiderou investimentos importantes feitos pela transmissora (Prakash Singh/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 10h59.

São Paulo - A Cteep convocou para 3 de dezembro uma Assembleia Geral Extraordinária para decidir sobre a renovação antecipada da concessão elétrica que vence em 2015 e reiterou aos acionistas que não aprovem a proposta de prorrogação nos termos estabelecidos pelo governo.

Em reunião na segunda-feira, o Conselho de Administração da Cteep decidiu que o melhor para a empresa é que "não seja realizada" a renovação da concessão nos termos e condições estabelecidas pelo governo federal.

Um dos fatores que levaram à decisão da Cteep de propor aos acionistas que rejeitem a renovação antecipada da concessão é o fato de a proposta do governo federal desconsiderar investimentos importantes feitos pela transmissora, segundo o diretor-presidente da Cteep, Cesar Ramirez, em teleconferência na terça-feira.

No manual de convocação divulgado na noite de quinta-feira, a companhia afirmou que a diferença de valor para o capital acionário entre o cenário de entrega das concessões em 2015 (extinção dos contratos) ou em 30 anos (prorrogação) é de entre 1,5 bilhão e 2,1 bilhões de reais, segundo estudo feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

"O método de avaliação adotado em todos os cenários foi o de fluxo de caixa descontado, aplicando-se as mesmas metodologias previstas na Medida Provisória 579/2012 para todos os cenários", afirmou a Cteep no documento.

Para diminuir a tarifa de energia paga pelo usuário final, o governo da presidente Dilma Rousseff está propondo a antecipação da renovação de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017.

Para isso, vai indenizar as concessionárias por investimentos não depreciados, e exigirá uma redução de cerca de 70 por cento na receita obtida com esses ativos velhos.

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