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Croácia e Eslovênia operam trens especiais para refugiados

Os refugiados são transportados desde a fronteira entre Sérvia e Croácia até Dobovo, cidade eslovena na divisa com a Croácia


	Refugiados em trem: cerca de 90 mil refugiados entraram na Eslovênia nos últimos 12 dias, desde que a Hungria fechou sua fronteira com a Croácia
 (Reuters / Ognen Teofilovski)

Refugiados em trem: cerca de 90 mil refugiados entraram na Eslovênia nos últimos 12 dias, desde que a Hungria fechou sua fronteira com a Croácia (Reuters / Ognen Teofilovski)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 08h57.

Belgrado - O acordo entre Croácia e Eslovênia para transferir os refugiados por ferrovia está funcionando, e 2.200 pessoas passaram nesta quarta-feira diretamente em trem de um país a outro, sem necessidade de esperar e atravessar as fronteiras a pé.

Os refugiados são transportados desde a fronteira entre Sérvia e Croácia até Dobovo, cidade eslovena na divisa com a Croácia.

Dali seguem para Sentilj, na fronteira com a Áustria, a próxima escala na viagem dos refugiados desde o Oriente Médio para os países ricos da Europa, principalmente a Alemanha.

Ontem 1.071 refugiados entraram na Eslovênia desta forma.

Cerca de 90 mil refugiados entraram na Eslovênia nos últimos 12 dias, desde que a Hungria fechou sua fronteira com a Croácia, forçando um desvio da rota que causou engarrafamentos e longas esperas entre as fronteiras de Sérvia, Croácia e Eslovênia.

Cerca de 15.300 refugiados estão atualmente em diferentes centros de amparo na Eslovênia, país que em princípio impôs uma cota de 2.500 chegadas diárias, mas que adaptou o ritmo de entradas em seu território ao de saídas rumo a Áustria.

O ministro de Relações Exteriores da Eslovênia, Karl Erjavec, afirmou hoje que a comunicação com a Croácia, após dias de desentendimentos e acusações mútuas, é boa, mas se a situação se agravar serão necessárias medidas adicionais.

Já o primeiro-ministro, Mira Cerar, foi mais contundente e afirmou que entre essas medidas poderia estar a construção de uma cerca na fronteira com a Croácia para controlar a entrada de refugiados.

O governo esloveno se reúne amanhã para debater essas medidas.

Até agora, Liubliana tinha acusado Zagreb de enviar os refugiados de forma incontrolada e sem aviso, em números que a Eslovênia não podia lidar.

Erjavec advertiu que não espera que o volume de refugiados que chegam diminua nos próximos dias.

Também Sérvia e Croácia concordaram semana passada em organizar o transporte de refugiados por trem, mas este serviço não começou a funcionar.

Milhares de sírios, afegãos, iraquianos e refugiados de outros países entram diariamente na Croácia pela Sérvia, outro país de passagem na rota, que começa na Turquia e segue por Grécia e Macedônia.

Os países mais afetados da rota e do destino decidiram domingo em uma reunião em Bruxelas tomar várias medidas de coordenação, entre elas impedir o envio descontrolado de refugiados aos países vizinhos e aumentar as próprias capacidades de recepção.

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