Mundo

Cristina Kirchner se recupera bem de cirurgia

"A presidente descansou muito bem à noite e está muito bem, mantendo o bom ânimo", disse porta-voz da Casa Rosada


	Cristina Kirchner:  "Hoje a presidente começa a comer normalmente e manda um beijo muito grande a todos os argentinos", disse porta-voz da Casa Rosada
 (REUTERS/Eduardo Munoz)

Cristina Kirchner:  "Hoje a presidente começa a comer normalmente e manda um beijo muito grande a todos os argentinos", disse porta-voz da Casa Rosada (REUTERS/Eduardo Munoz)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 16h04.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, passou bem a primeira noite após a cirurgia para drenar um coágulo no cérebro, realizada ontem, anunciou o porta-voz da Casa Rosada, Alfredo Scoccimarro, nesta quarta-feira.

"A presidente descansou muito bem à noite e está muito bem, mantendo o bom ânimo", disse Scocimarro, antecipando a o boletim médico da equipe do Hospital Fundação Favaloro e da unidade médica presidencial. "Hoje a presidente começa a comer normalmente e manda um beijo muito grande a todos os argentinos", disse o porta-voz.

O boletim médico divulgado logo após a declaração de Scocimarro disse que a presidente evolui "favoravelmente, com os parâmetros vitais dentro do normal e continua com estrito controle médico". Ontem, o primeiro boletim médico indicou que "hematoma subdural foi retirado com sucesso e não houve complicações".

O boletim também havia descartado riscos cardíacos, o que era temido pela família, já que a presidente havia tido sintomas de arritmia. Embora Scoccimarro tenha dito que a presidente estava descansando em seu quarto, o primeiro boletim informou que ela permanece na unidade de terapia intensiva, onde deve ficar entre um e dois dias mais, segundo opinião de especialistas.

A presidente não pode receber visitas e a recomendação é de que permaneça assim pelo menos durante a primeira semana do pós-operatório para reduzir os riscos de infecção. Além dos médicos e do pessoal do hospital, somente os familiares têm acesso ao andar do hospital reservado para atender à presidente. Ela está acompanhada pelos filhos Máximo e Florência, a mãe Ofélia Wilhem e a irmã Giselle Fernández, que também é médica. Segundo o jornal La Nación, o secretário de Assuntos Legais e Técnicos, Carlos Alberto Zannini, tem acompanhado a presidente.

Enquanto Cristina se recupera da operação, a equipe dela mostrou-se unida em torno do enfraquecido vice-presidente Amado Boudou, que sofre uma séria crise de credibilidade interna e junto à opinião pública pelos vários processos judiciais que enfrenta por denúncias de corrupção e tráfico de influência, entre outros crimes. "É o vice-presidente que está no comando do governo", disse o chefe de Gabinete da Presidência, Juan Manuel Abal Medina, em entrevista hoje à rádio Del Plata. Boudou "encabeça a equipe de trabalho da presidente", reiterou.

Foi a primeira manifestação de apoio interno ao vice-presidente após a notícia de afastamento de Cristina, no sábado, quando ela foi internada pela primeira vez para realizar os exames que detectaram o "hematoma subdural crônico", ou seja, acumulação de sangue junto à meninge dura-máter, uma das membranas que se localiza entre o crânio e o cérebro. O coágulo foi provocado por uma batida na cabeça em consequência de um tombo que ainda não foi explicado pelo governo.

Boudou assumiu a Presidência interina na segunda-feira), após a decisão dos médicos de mudar a recomendação inicial de repouso por 30 dias para internação imediata e cirurgia no dia seguinte para drenagem do hematoma. Até então, a ideia do "núcleo duro do kirchnerismo" era ter Boudou somente para cumprir o protocolo. A cirurgia mudou o panorama para evitar questionamentos da oposição sobre um "vazio de poder".

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCristina KirchnerPolíticosSaúde

Mais de Mundo

Governo de Bangladesh restaura internet após protestos

Israel promete ‘revanche’ contra Hezbollah após foguete matar 12 em campo de futebol

'Farei com que se respeite o resultado eleitoral', diz Maduro após votar em Caracas

Maduro pede desculpas por impedir entrada de ex-mandatários que observariam eleições

Mais na Exame