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Cristina Kirchner depõe na Justiça em caso de suposta rede de propinas

Cristina conta com foro privilegiado por ocupar o cargo de senadora desde dezembro de 2017

Ex-presidente e atual senadora argentina Cristina Kirchner compareceu nesta segunda-feira diante da Justiça (Martin Acosta/Reuters)

Ex-presidente e atual senadora argentina Cristina Kirchner compareceu nesta segunda-feira diante da Justiça (Martin Acosta/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de agosto de 2018 às 11h17.

Buenos Aires - A ex-presidente e atual senadora argentina Cristina Kirchner compareceu nesta segunda-feira diante da Justiça após ser intimada a depor em um processo investiga a existência de uma rede de propinas de empresários a funcionários do kirchnerismo (2003-2015).

Cristina se dirigiu nesta manhã ao tribunal de Comodoro Py, onde deve responder ao juiz Claudio Bonadio, que investiga se a ex-presidente fez parte de uma suposta rede na qual empresários pagavam milhões de dólares em propina a membros do seu governo (2007-2015) e o do seu falecido marido, Néstor Kirchner (2003-2007).

Espera-se que a ex-presidente não admita perguntas do magistrado e apresente um escrito, como em outras ocasiões em que teve que comparecer.

O comparecimento acontece dois dias antes de o Senado debater se autoriza Bonadio a expedir um mandado de busca e apreensão nos domicílios e no escritório de Cristina, que conta com foro privilegiado por ocupar o cargo de senadora desde dezembro de 2017.

O objetivo do juiz é encontrar informações relacionadas ao processo, que foi aberto por causa de uma investigação do jornal "La Nación" baseada em cadernos escritos por Oscar Centeno, que foi motorista do ex-secretário de Coordenação do Ministério de Planejamento, Roberto Baratta.

Este último - detido no dia 1º de agosto - supostamente coordenava os pagamentos que eram feitos em troca de concessões de obras públicas nesse período.

Além das informações fornecidas por Centeno, que se encontra em liberdade como testemunha protegida, outros empresários que aceitaram acordos de delação premiada estão sendo fundamentais na investigação do caso, que envolve mais de 50 pessoas.

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